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Ataque de Israel a escola em campo de refugiados deixa 17 mortos em Gaza

Entre os mortos, estão 13 crianças e três mulheres; Israel confirmou o ataque, disse que tinha como alvo "militantes do Hamas"

Ataque de Israel a escola em campo de refugiados deixa 17 mortos em Gaza
Palestinos retiram vítimas dos escombros de uma escola bombardeada por Israel | Reprodução/X
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Um ataque israelense a uma escola onde palestinos deslocados estavam abrigados no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, matou pelo menos 17 pessoas nesta quinta-feira (24), quase todas mulheres e crianças, e deixou mais de 42 feridos.

O exército israelense confirmou o ataque e alegou que tinha como alvo "militantes do Hamas dentro da escola", mas não forneceu evidências. Em mais de um ano de guerra, Tel Aviv já bombardeou hospitais, mesquitas, prédios civis e principalmente escolas, alegando que mira precisamente em militantes que se escondem entre civis. Os ataques deixam um alto número de vítimas e feridos e já foram condenados mais de uma vez pela comunidade internacional.

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O número de mortos na Faixa de Gaza já passa de 40 mil e o número de feridos se aproxima de 100 mil. As autoridades acreditam, no entanto, que os números estão subestimados, já que muitas vítimas permanecem nos escombros e o sistema hospitalar, responsável por fornecer os dados, está operando de forma parcial, com apenas 16 dos 39 hospitais funcionando, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o último relatório do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU, o acesso humanitário na Faixa de Gaza continua "severamente restrito", especialmente para missões de ajuda que buscam alcançar mais de 400.000 pessoas nas províncias de Gaza do Norte (175.000) e Gaza (256.000).

Segundo o escritório, entre 1 e 21 de outubro, de 448 movimentos de ajuda planejados na Faixa de Gaza que exigiam coordenação com os militares israelenses, 201 foram negados, 162 foram facilitados, 67 foram impedidos e 18 foram cancelados devido a desafios logísticos e de segurança. Esses números incluem 70 movimentos de ajuda coordenados que visavam fornecer assistência humanitária nas províncias de Gaza do Norte e Gaza.

O Ocha afirma que as condições de acesso pioraram especialmente após o início da operação militar israelense em Jabalia, no norte de Gaza, em 6 de outubro; entre 6 e 21 de outubro, 29 solicitações de coordenação para missões críticas de ajuda a Jabalia, Beit Hanoun e Beit Lahya foram negadas, seis foram impedidas e 13 foram facilitadas.

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Da mesma forma, o transporte de suprimentos críticos para salvar vidas, incluindo sangue, suprimentos médicos como anestesia, pacotes de alimentos e combustível para o Hospital Kamal Adwan foi negado em 20 de outubro.

O escritório alerta que, em duas semanas, pelo menos 10 trabalhadores humanitários e quatro profissionais de saúde foram mortos e outros ficaram feridos na Faixa de Gaza, incluindo alguns enquanto estavam em casa com suas famílias. Isso, segundo o Ocha inclui cinco funcionários da UNRWA, agência de refugiados palestinos da ONU, e cinco funcionários de ONGs nacionais e internacionais.

Além disso, a organização internacional Oxfam relatou que em 19 de outubro, quatro engenheiros de água que trabalhavam com a Coastal Municipalities Water Utility (CMWU) foram mortos em Khuza'a enquanto estavam a caminho de consertar a infraestrutura no leste de Khan Younis. No mesmo dia, uma ambulância pertencente ao Hospital Al Awda teria sido atingida na área de Tal al Zaatar, a leste de Jabalia, ferindo seis pessoas, incluindo um paramédico.

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