Ataque a faca na Áustria deixa um morto e cinco feridos; polícia trata o caso como terrorismo

Um ataque a faca deixou um adolescente de 14 anos morto e outras cinco pessoas feridas na cidade de Villach, na Áustria. O agressor, um homem de 23 anos de origem síria, foi preso após o incidente. Segundo as autoridades austríacas, a investigação apontou que o crime teve motivação terrorista ligada ao extremismo islâmico.

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O ministro do Interior, Gerhard Karner, afirmou que o suspeito foi radicalizado online e seguia ideais do grupo Estado Islâmico. Durante buscas no apartamento do agressor, a polícia encontrou bandeiras do grupo terrorista. “Este caso mostra mais uma vez o quão importante é combater a radicalização na internet e garantir que pessoas perigosas sejam identificadas a tempo”, declarou.

O ataque aconteceu no centro da cidade, onde o agressor teria esfaqueado várias pessoas antes de ser contido pela polícia. Entre os feridos estão cinco homens com idades entre 19 e 58 anos. As vítimas foram levadas a hospitais da região, e algumas estão em estado grave.

O prefeito de Villach, Günther Albel, lamentou o episódio e afirmou que a cidade está de luto. “Este ataque foi uma punhalada no coração da nossa comunidade. Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias.”

Já o chanceler austríaco, Karl Nehammer, defendeu uma revisão nas leis de asilo para evitar que suspeitos de radicalização possam permanecer no país.

Quem também se manifestou sobre o caso foi o presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, chamando o ataque de “horrível”.

"O ataque com faca em Villach, que resultou na morte de um jovem e feriu gravemente vários outros, é horrível. Nenhuma palavra pode desfazer o sofrimento, o horror, o medo. Meus pensamentos estão com a família da vítima falecida e dos feridos", publicou Van der Bellen na plataforma X (antigo Twitter).

Após o ataque, autoridades reforçaram a segurança na cidade e cancelaram um evento de carnaval que ocorreria nos próximos dias. Escolas da região também foram orientadas a oferecer apoio psicológico a alunos e familiares impactados pelo atentado.

A comunidade síria na Áustria se manifestou contra o ataque, condenando qualquer ato de violência e ressaltando a importância da integração e da paz social. “Não podemos permitir que atos isolados prejudiquem a convivência entre refugiados e austríacos. O extremismo não representa a nossa comunidade”, disse um representante da Associação Síria da Áustria.

A polícia segue investigando o caso para determinar se o agressor teve apoio de outras pessoas e se há risco de novos ataques no país.