Dois dias após fim da COP28, mundo bate recorde no uso de carvão
Apesar dos acordos firmados nos últimos anos, alguns países aumentaram o uso do combustível fóssil
Pablo Valler
O mundo bateu recorde no uso de carvão em 2023. Foram 8,53 bilhões de toneladas. O levantamento é da Agência Internacional de Energia (AIE). A combustão desse material está entre as maiores emissões de gases de efeito estufa, ficando atrás apenas do petróleo e seus derivados.
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Desde 2021 os países signatários da ONU concordaram em reduzir o uso do carvão. Em 2022 e 2023, o compromisso foi reafirmado. Mas, dois dias depois da assinatura do último acordo, na 28ª Conferência das Partes da ONU (COP28), a AIE chamou atenção para uma tendência de alta.
A China aumentou em 220 milhões de toneladas ou 4,9%, na comparação com o ano passado. A Índia queimou 98 milhões de toneladas, ou 8%, a mais esse ano. A Indonésia teve um incremento de 11%, como 23 milhões a mais.
Mas, também há quem se destaca positivamente. Os Estados Unidos registraram uma diminuição de 21%. A Europa, 23%. A Alemanha trabalha com o residual e prometeu fechar as usinas em três anos. A França fechará sua última geradora de energia elétrica à base de carvão em 2027.
Apesar dos aumentos, a AIE ainda disse em comunicado que 2023 foi o pico do uso desse combustível fóssil. A tendência é diminuição a partir do ano que vem.
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