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Imagens mostram palestinos detidos por Israel seminus e de olhos vendados

Jornalista da emissora The New Arab está entre os prisioneiros; ONU manifestou preocupação com as imagens

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Civis detidos por Israel
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Vídeos que circularam nas redes sociais nesta 5ª feira (7.nov) mostram dezenas de civis palestinos sentados em filas em uma rua no norte de Gaza, apenas de cueca e com a cabeça baixa, sob a guarda de tropas israelenses.

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Segundo a mídia de Israel, algumas das imagens pareciam mostrar supostos militantes do grupo Hamas que teriam se rendido. Contudo, moradores de Gaza e organizações de direitos humanos denunciam que as forças israelenses invadiram escolas da Agência da ONU para Refugiados Palestinos, a UNRWA, e sequestraram dezenas de homens que estavam abrigados no local com suas famílias. 

Entre os detidos está o correspondente da emissora The New Arab, Diaa Al-Kahlot.

Num comunicado publicado no seu site, o meio de comunicação disse que o correspondente, assim como vários membros da sua família, estavam entre os prisioneiros e que eles foram levados para um local desconhecido.

"Hoje, quinta-feira, o exército de ocupação israelense prendeu o jornalista e diretor do escritório The New Arab em Gaza, nosso colega Diaa Al-Kahlot, da Market Street em Beit Lahia, junto com um grupo de seus irmãos, parentes e outros civis", escreveu 

"A ocupação forçou deliberadamente os habitantes de Gaza a tirarem a roupa, revistou-os e humilhou-os quando foram presos antes de os levar para um destino desconhecido, segundo o que as pessoas de lá nos disseram", complementou.

A ação também foi denunciada pelo Monitor Euro-Mediterrâneo dos Direitos Humanos, que acusou Israel de "deter e abusar gravemente de dezenas de civis palestinos". 

Em uma das imagens, feita pelas Forças de Israel, os homens são vistos sentados de pernas cruzadas, em filas de três e quatro e com a cabeça baixa, no meio de uma rua larga, enquanto são vigiados por soldados com rifles. Em outro registro, os civis aparecem amontoados na traseira de caminhões do exército. 


Em coletiva de imprensa, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, manifestou preocupação com as imagens e apelou para que Israel publique informações sobre o "paradeiro dos jornalistas e as razões da sua detenção o mais rapidamente possível"

"As imagens que vimos esta manhã são muito perturbadoras, porque cada pessoa tem o direito fundamental à dignidade humana. Estas imagens e a forma como as pessoas estão sendo tratadas são muito perturbadoras".

Segundo dados do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, 75 jornalistas e trabalhadores de mídia foram mortos desde 7 de outubro. Ao menos 80 ficaram feridos e dois estão desaparecidos. Ainda segundo o sindicato, com a detenção de Al-Kahlot, o número de jornalistas presos por Israel é 44: 41 na Cisjordânia e três em Gaza.

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