Guerra entre Israel e Hamas completa dois meses com mais de 17 mil mortes
Nove em cada 10 mortes, nesse período, aconteceram na Faixa de Gaza
SBT Brasil
A guerra entre Israel e Hamas completou dois meses nesta 5ª feira (7.dez), e avança sem qualquer perspectiva de um acordo de paz. Nove em cada 10 mortes, nesse período, aconteceram na Faixa de Gaza.
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São mais de 17 mil mortes, 250 delas nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados pelo Hamas e por organizações internacionais, que alertam para o agravamento da crise humanitária em Gaza.
Além da falta de água, saneamento básico e alimentos, a população deslocada, que vive em tendas, agora enfrenta o frio, com a proximidade do inverno. "Nos cobrimos à noite com um pedaço de nylon", disse uma mãe junto aos filhos.
Israel divulgou imagens do avanço das tropas por Khan Yunis, no sul de Gaza. O Hamas também liberou um vídeo mostrando os combates contra o exército israelense.
No Líbano, o porta-voz do grupo afirmou que os bombardeios em Gaza diminuem as chances de libertar as 138 pessoas mantidas reféns, e admitiu que talvez elas nunca voltem pra casa.
Nesta 5ª feira, o presidente americano Joe Biden voltou a conversar com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ouviu os planos de Tel Aviv para as próximas fases da operação militar na Faixa de Gaza. Joe Biden também reforçou o apoio dos Estados Unidos ao país aliado, algo que pode ser necessário já nesta 6ª feira (8.dez).
O Conselho de Segurança vai se reunir, em uma sessão extraordinária, depois que o secretário-geral Antonio Guterres invocou o artigo 99 -- que obriga o grupo a debater uma questão que julgue necessária. Na pauta, está a discussão sobre um cessar-fogo. Com o aumento da pressão internacional pelo fim dos bombardeios, os Estados Unidos, talvez, precisem usar o poder de veto que possuem no conselho.
O representante palestino na ONU afirmou que a decisão de Guterres é a coisa certa a fazer Já o chanceler israelense acusou o chefe da ONU de apoiar o Hamas.
Enquanto isso, grupos de estrangeiros e parentes palestinos, como as mais de 100 pessoas que estão na segunda lista do Itamaraty, aguardam para sair de Gaza. O avião para buscá-los está no Rio de Janeiro e deve seguir para o Cairo. Adecolagem só vai acontecer quando o grupo for liberado -- o que ainda não tem um prazo para acontecer.