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Mundo vive colapso climático e 2023 será o ano mais quente da história, diz ONU

Relatório divulgado durante a COP28, em Dubai, aponta que a temperatura média global ficou 1,4ºC acima da média da era pré-industrial

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Crianças se refrescam em fonte de Paris, na França
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2023 será o ano mais quente já registrado, com a temperatura média global até outubro em cerca de 1,4 °C acima da média da era pré-industrial, informou Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta 5ª feira (30.nov).

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As informações fazem parte do relatório provisório da OMM sobre o Estado do Clima Global, divulgado durante a abertura da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em mensagem de vídeo que acompanhou o lançamento do estudo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "estamos vivendo um colapso climático em tempo real, e o impacto é arrasador".

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O documento ressalta que o ano de 2023 quebrou diversos recordes climáticos. Segundo a OMM, 2023 quebrará o recorde de 2016, quando o mundo estava cerca de 1,2ºC mais quente do que a média pré-industrial. Além disso, segundo o relatório, foram observadas temperaturas globais mensais recordes no oceano -- de abril a outubro -- e, começando um pouco mais tarde, na terra -- de julho a outubro. 

"Os níveis de gases de efeito estufa estão em patamares recordes. As temperaturas globais estão em níveis recordes. O aumento do nível do mar é recorde. A baixa no gelo marinho da Antártida é recorde. É uma cacofonia ensurdecedora de recordes quebrados", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. 

Um estudo divulgado anteriormente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, apontou que até o fim do século, 5% ou mais da área habitável de diversas cidades costeiras pode estar submersa. Dentre elas, Santos e Rio de Janeiro, no Brasil.

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Segundo o secretário-geral da ONU, ainda há esperanças. Contudo, é necessário que os líderes se comprometam com ações urgentes nas negociações sobre alterações climáticas na COP28

"Temos o roteiro para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C e evitar o pior do caos climático. Mas precisamos que os líderes deem o tiro de partida na COP28 numa corrida para manter vivo o limite de 1,5 graus: definindo expectativas claras para a próxima ronda de planos de ação climática e comprometendo-se com as parcerias e o financiamento para torná-los possíveis", afirmou Guterres.

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