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Maior fazenda vertical do mundo fica em Dubai

Utiliza 95% menos água, não degrada o solo e produz mais de mil toneladas de alimentos todos os anos

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Maior fazenda vertical do mundo fica em Dubai
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A produção mundial de alimentos é responsável por um terço de todas as emissões de poluentes, segundo o Comitê da COP28, a Conferência do Clima da ONU. Mudar esse sistema é um dos objetivos do evento.

No Oriente Médio, onde as altas temperaturas e a escassez de recursos hídricos dificultam o cultivo de alimentos, alternativas mais sustentáveis têm ganhado espaço. O repórter Renan de Souza, da Agência de Notícias dos Emirados, foi até uma fazenda vertical em Dubai, um projeto modelo para enfrentar as consequências dos eventos climáticos.

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A maior fazenda vertical do mundo produz mais de mil toneladas de alimentos todos os anos, utilizando 95% menos água em comparação com a agricultura tradicional. A fazenda é hidropônica, não usa terra para cultivar as plantas, e as raízes dos vegetais recebem uma solução nutritiva junto com a água. A tecnologia elimina o uso de pesticidas e agrotóxicos.

Todo o processo acontece em um prédio de três andares, resultado de um investimento de cerca de 200 milhões de reais. A fazenda começou a operar no ano passado em Dubai. Diariamente, mais de três mil quilos de hortaliças e vegetais são produzidos, incluindo beterraba, alface, espinafre, couve e rúcula. Cada sala tem capacidade para receber até 45 mil plantas.

A gestão da produção é realizada pelo britânico Robert Fellows, que destaca a independência da fazenda em relação a fatores externos como calor, enchentes, secas e pragas.

"Essa fazenda vertical está alinhada com a estratégia de segurança alimentar dos Emirados Árabes Unidos, permitindo reduzir a importação de alimentos. No ambiente climatizado, as hortaliças podem ser produzidas o ano inteiro e com menor tempo em comparação com a agricultura tradicional."

Inovar na produção de alimentos e na agricultura é um dos objetivos da agenda climática da COP28, a Conferência do Clima da ONU, que começa nesta 5ª feira-feira em Dubai.

Os atuais sistemas de produção de alimentos no mundo são responsáveis por um terço de todas as emissões de poluentes. Pequenos produtores, especialmente em países em desenvolvimento, são os mais vulneráveis às mudanças climáticas. Além disso, milhares de pessoas enfrentam secas severas, enchentes e contaminação da água todos os anos devido às alterações do clima, afetando a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico.

Para enfrentar esses desafios, a presidência da COP28 convoca os líderes mundiais para assinar a primeira declaração sobre sistemas alimentares resilientes e agricultura sustentável. O documento prevê o alinhamento das estratégias nacionais com os objetivos globais de conter as mudanças climáticas.

A conferência do clima também vai incentivar o financiamento de iniciativas já existentes e a criação de novos sistemas alimentares, como este, crucial para minimizar as consequências das mudanças climáticas.

"O modelo é totalmente transferível, e acredito que será necessário para a segurança alimentar e também para uma produção mais próxima do consumidor", afirma o diretor Robert Fellows.

No contexto de incêndios florestais sem precedentes e inundações cada vez mais destrutivas, especialistas mundo afora acreditam que a agricultura vertical é parte fundamental do futuro da produção de alimentos.

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