EUA condenam lançamento de satélite espião pela Coreia do Norte
Casa Branca afirmou que missão envolveu tecnologia de mísseis balísticos, rejeitada pela ONU
Camila Stucaluc
O governo dos Estados Unidos condenou o lançamento de um satélite espião da Coreia do Norte, realizado na tarde de 3ª feira (21.nov). Em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou que Pyongyang utilizou tecnologia de mísseis balísticos para o lançamento, o que vai contra as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
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"Este lançamento espacial envolveu tecnologias que estão diretamente relacionadas com o programa de mísseis balísticos intercontinentais da Coreia do Norte. Isso aumenta as tensões e o risco de desestabilizar a situação de segurança na região e fora dela. O presidente e a sua equipe de segurança nacional estão a avaliar a situação em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros", disse Watson.
No texto, a porta-voz instou ainda todos os países a condenarem o lançamento, pedindo que a Coreia do Norte cesse imediatamente todas as "ações provocativas" e regresse ao diálogo para alcançar a desnuclearização. Segundo Watson, caso Pyongyang não abra espaço para negociações, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança nacional, bem como da defesa da Coreia do Sul e Japão.
O lançamento do satélite espião aconteceu após duas tentativas fracassadas da Coreia do Norte. O objetivo do dispositivo é manter a capacidade de vigilância sobre a Coreia do Sul e outras regiões de interesse do exército de Pyongyang.
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Assim como os Estados Unidos, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que o lançamento da Coreia do Norte era uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, bem como uma ameaça à segurança dos cidadãos japoneses. "Apresentamos um protesto severo e condenamos a Coreia do Norte nos termos mais fortes", disse.