Israel chama resolução do Conselho de Segurança da ONU de "desconectada da realidade"
Representante do país criticou texto e rejeitou sugestão de pausa humanitária em Gaza
Camila Stucaluc
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, criticou a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança que pede uma pausa humanitária na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Pelas redes sociais, o diplomata chamou o texto de "desconectado da realidade", lamentando a decisão do grupo de países.
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"A resolução do Conselho de Segurança da ONU está desconectada da realidade e não tem sentido. É lamentável que o Conselho continue a ignorar, a não condenar, ou mesmo a mencionar o massacre que foi realizado pelo Hamas em 7 de outubro [em Israel], que levou à guerra na Faixa de Gaza. É realmente vergonhoso", escreveu Erdan.
A resolução em questão foi proposta por Malta e aprovada por 12 votos a favor e três abstenções. O embaixador israelense, no entanto, rejeitou a sugestão de pausa humanitária, dizendo que as Forças de Defesa continuarão agindo, de acordo com a Lei Internacional, para "destruir" o Hamas e recuperar os reféns feitos pelo grupo no dia do ataque.
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"Independentemente do que o Conselho decidir, Israel continuará agindo. A estratégia do Hamas é deliberadamente deteriorar a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas, a fim de motivar a ONU e o Conselho de Segurança a deter Israel. Isso não vai acontecer. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos", afirmou Erdan.