Bebê morre após maior hospital da Faixa de Gaza ficar sem energia e suspender operações
Região do complexo de saúde Al-Shifa tem sido alvo de ataques israelenses; dezenas de recém-nascidos correm risco em incubadoras

Felipe Moraes
Localizado em região que tem sido alvo de ataques de Israel, o hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, teve operações suspensas neste sábado (11.nov) após a falta de combustível e energia. Como consequência, um bebê morreu em uma incubadora, segundo informação de Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde da região -- órgão controlado pelo grupo extremista Hamas.
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De acordo com o representante, uma pessoa que estava no setor de tratamento intensivo morreu em decorrência de um bombardeio israelense. "A situação é pior do que qualquer um pode imaginar. Estamos sitiados dentro do complexo hospitalar e a ocupação tem como alvo a maioria dos edifícios daqui", disse, em declaração reproduzida por agências de notícias internacionais.
Ainda conforme Al-Qidra, atiradores de elite israelenses se posicionam no topo de edifícios próximos ao hospital e têm disparado com frequência na direção do complexo de saúde, limitando o trabalho de médicos e equipes.
Segundo o porta-voz, há 45 bebês em incubadoras. Já o Ministério da Saúde da Palestina, sediado na Cisjordânia, território ocupado por Israel, informou que 39 recém-nascidos lutam pela vida no Al-Shifa. Esse órgão é gerido pela Autoridade Palestina e possui fontes de informação em Gaza.
A ministra Mai Al-Kaila chegou a declarar que esses 39 bebês tinham morrido em decorrência da escassez de oxigênio e medicamentos, mas depois corrigiu o erro e relatou que os recém-nascidos correm risco.
"A falta de combustível será uma sentença de morte. As incubadoras só conseguirão funcionar até esta noite. Não haverá mais combustível depois", disse.
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