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Agência da ONU pede ação do mundo árabe e muçulmano "para mudar trajetória da crise" em Gaza

Comissário-geral de órgão para refugiados palestinos, Philippe Lazzarini disse que moradores da região se sentem "desumanizados e abandonados"

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Agência da ONU pede ação do mundo árabe e muçulmano para mudar trajetória da crise em Gaza (UNRWA/Divulgação)
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O comissário-geral da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, participou neste sábado (11.nov) de uma cúpula de emergência entre líderes da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica para discutir a situação humanitária na Faixa de Gaza em meio à guerra entre Israel e Hamas. O encontro ocorre em Riad, capital da Arábia Saudita.

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"Peço com urgência, membros da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica, ação agora para mudar a trajetória da crise", declarou Lazzarini em discurso

O representante da UNRWA informou que cerca de 700 mil habitantes de Gaza se refugiam nos 150 abrigos da agência. Ele visitou a região e disse que o que presenciou "me marcará para sempre". "Toda garotinha e todo garotinho que conheci em um abrigo da UNRWA me pediram pão e água", contou.

De luto pelos 101 funcionários da agência mortos em Gaza, escritórios da ONU pelo mundo colocarão bandeiras da organização a meio mastro nesta 2ª feira (13.nov). 

"Hoje, cidadãos de Gaza se sentem desumanizados e abandonados", lamentou Lazzarini. "Eles anseiam por apoio, especialmente dos seus irmãs e das suas irmãs árabes e muçulmanos, e estão chorando por suas crianças e vendo o medo nos olhos de suas mães", narrou.

O comissário-geral reforçou que palestinos em Gaza "sempre contaram com a solidariedade do mundo árabe e muçulmano". "Hoje, eles também precisam que vocês transformem esta solidariedade em uma ação mais ampla e contundente", completou.

Lazzarini pediu ajuda nas seguintes frentes: cessar-fogo, com "aderência rigorosa à lei humanitária internacional"; fluxo significativo e contínuo de ajuda humanitária; e apoio à UNRWA a combater a desinformação.

"Preciso que vocês defendam firmemente a agência contra alegações falsas e insidiosas de que as escolas da UNRWA ensinam ódio ou que o órgão tem falhado com os cidadãos de Gaza. Essas acusações vêm de quem quer que falhemos. Elas abastecem um ambiente tóxico e profundamente polarizado", alertou. 

Por fim, o comissário-geral fez apelo por uma solução política para o conflito: "Uma questão de vida e morte para milhões de pessoas". "É crítica a perspectiva genuína de um estado palestino. Precisamos sair da beira do abismo antes que seja tarde demais". 

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