França já prendeu mais de 20 pessoas por falsas ameaças de bombas
Mensagens foram enviadas a aeroportos e pontos turísticos de Paris; país vive temor de ataque terrorista
O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, informou que mais de 20 pessoas, incluindo menores de idade, já foram detidas pelo envio de falsas ameaças de bombas. Em entrevista ao canal BFM-TV, na 5ª feira (19.out), o político disse que está reforçando as investigações para encontrar todos aqueles que estão tentando aterrorizar o país.
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"Esses falsos alertas desorganizam nossos serviços de segurança e, obviamente, impedem a sociedade de funcionar, além de representarem um enorme risco em caso de um problema real", disse Darmanin. "Não precisamos disso. Não precisamos de encrenqueiros neste momento. E dizemos a quem está ouvindo: vamos encontrar todo mundo", acrescentou.
A França vem enfrentando uma série de ameaças terroristas nos últimos dias. Nesta 6ª feira (20.out), o Palácio de Versalhes precisou ser evacuado pela quarta vez em menos de uma semana para verificação de segurança após um alerta de bomba. O mesmo ocorreu com 17 aeroportos na 4ª feira (18.out) e com o Museu do Louvre, no último sábado (14.out).
Os episódios acontecem no momento em que o governo francês acionou alerta máximo de segurança depois que um professor foi morto a facadas em uma na cidade de Arras, no norte do país. Investigações preliminares apontam que o suspeito, que possui ficha criminal por radicalização, tenha reivindica o atentado em nome do grupo Estado Islâmico (EI).
A insegurança fez com que mais 7 mil policiais fossem mobilizados para atuar nas ruas francesas, totalizando o número de agentes em 10 mil. O reforço faz parte da operação Sentinelle, lançada em 2015 pelo então presidente François Hollande, devido à ameaça de atentados islâmicos no país.
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De acordo com a lei francesa, o envio de falsas ameaças de bombas podem ser punidas com até três anos de prisão, além de multa de 45 mil euros. No caso de menores de idade, os responsáveis podem ser obrigados a pagar por danos morais. "Esses falsos alertas não são piadas de mau gosto. São crimes", repreendeu o ministro dos Transportes, Clement Beaune.