União Europeia se opõe ao cerco de Israel à Faixa de Gaza, diz Joseph Borrell
Chefe da diplomacia do bloco afirmou que o direito de defesa de Israel tem que ser feito de acordo com o direito humanitário internacional
O Chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Joseph Borrell, afirmou nesta 3ª feira (10.out) que os países do bloco são contrários ao cerco total da Faixa de Gaza e pediu que Israel mantenha o fornecimento de água, alimentos e eletricidade no território palestino sob bloqueio militar.
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"Israel tem o direito de se defender, mas isso tem de ser feito de acordo com os princípios do direito internacional e do direito humanitário. Algumas decisões (de Israel) são contra este direito internacional", disse ele. "Pedimos também a libertação dos reféns, assim como o acesso à água, alimentos e remédios, que devem também estar de acordo com as leis."
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A declaração aconteceu após o término de uma reunião de emergência em Mascate, capital de Omã, entre os ministros do Exterior dos 27 Estados-membros da UE.
Na 2ª feira (9.out), Israel anunciou "cerco total" a Gaza, cortando o fornecimento de eletricidade, água, combustível e comida para o enclave onde vivem 2,3 milhões de palestinos. Segundo Israel, a medida faz parte dos esforços para conter o grupo Hamas, que realiza ataques sem precedentes ao país desde sábado (7.out).
Ajuda humanitária à Autoridade Palestina
Borrell também assegurou que o envio de ajuda financeira à Autoridade Palestina será mantido, sem atrasos.
"Nem todo o povo palestino é terrorista", afirmou. "Uma punição coletiva contra todos os palestinos seria injusta e improdutiva; contra os nossos interesses e contra os interesses da paz".
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