Comissão europeia promete ações para ajudar Itália diante de crise migratória
Ilha de Lampedusa recebeu milhares de viajantes em apenas dois dias; país declarou estado de emergência
Camila Stucaluc
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu, no domingo (17.set), ações para ajudar a Itália em meio à crise migratória no Mar do Mediterrâneo. A medida foi anunciada após o governo italiano voltar a pressionar o bloco por um parecer, uma vez que a chegada de migrantes no país vem aumentando significativamente desde 2021.
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Segundo von der Leyen, as medidas serão implementadas para a ilha de Lampedusa, principal ponto de escala para migrantes que atravessam o Norte da África para a Europa. Apenas em dois dias, por exemplo, a ilha, que conta com 7 mil habitantes, recebeu mais de 6 mil migrantes, o que levou as autoridades a descreverem a situação como "crítica".
"Vim aqui dizer a todos vocês: a migração é um desafio europeu. Isso exige uma solução europeia. São ações concretas que trarão mudanças no terreno. Só através da solidariedade e da união é que conseguiremos", disse a diplomata, defendendo a implementação de corredores humanitários e vias legais para a entrada de migrantes.
Desde o início do ano, quase 130 mil imigrantes chegaram às costas italianas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em abril, o governo declarou estado de emergência temporário, determinando o envio de 5 milhões de euros às regiões que lidam com o aumento do fluxo migratório, como a ilha de Lampedusa.
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O atual temor do governo italiano é que o número de migrantes aumente ainda mais após as inundações catastróficas na Líbia, que deixaram mais de 11,3 mil mortos. "A questão de realocação é secundária -foram realocadas pouquíssimas pessoas nos últimos meses. A questão é como impedir as chegadas na Itália", disse a primeira-ministra Giorgia Maloni.