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Trabalhadores das maiores montadoras dos Estados Unidos entram em greve

Quase 13 mil metalúrgicos cruzaram os braços em ato histórico no país

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Nos Estados Unidos, quase 13 mil metalúrgicos cruzaram os braços em uma greve histórica que envolve, simultaneamente, as três maiores montadoras de veículos do país.

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"Estamos em greve" - estampavam os cartazes na frente da fábrica da Ford, em Detroit. Uma imagem que representa algo nunca antes visto nos Estados Unidos. "Pela primeira vez temos três montadoras paralisadas", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva dos Estados Unidos.

Desde as primeiras horas da 6ª feira, as máquinas das "gigantes de Detroit" estão paradas. A greve afeta a General Motors, a Ford e a Stellantis - que é dona das marcas Fiat, Peugeot, Citröen e Jeep.

Juntas, as três montadoras correspondem a mais da metade de todos os veículos produzidos nos Estados Unidos. Os sindicatos exigem melhores condições de trabalho, mais benefícios e reajuste salarial de 36%. Seria uma compensação pela inflação dos últimos quatro anos. As montadoras apresentaram uma proposta que contemplava metade disso, mas sem os benefícios exigidos pelos funcionários. Elas argumentam que se o pedido fosse atendido, os custos de produção aumentariam muito.

Para o governo americano, a greve é vista com preocupação por conta dos impactos diretos na economia, que ainda se recupera da crise provocada pela covid-19. Apesar das ameaças à economia americana - que prevê prejuízo semanal equivalente a R$ 30 bilhões -- o presidente Joe Biden deu sinal de apoio à paralisação.

Em um discurso na Casa Branca, que não estava programado na agenda, Biden citou o grande lucro das montadoras e disse que é justo esse valor ser dividido com os funcionários. O presidente americano ainda afirmou que o direito à greve deve ser respeitado, e que acredita que as empresas podem ir além nas propostas.

Só no primeiro semestre desse ano, as três maiores empresas do setor nos Estados Unidos apresentaram lucros que somados chegam ao equivalente a R$ 100 bilhões.

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