Seca diminui nível do Canal do Panamá e gera prejuízos em exportações
Mais de 100 países já tiveram entregas fora do prazo. Situação pode piorar até fim do ano
Pablo Valler
A mudança climática e a chegada do El Niño, que alteram o sistema de chuvas, comprometem o fluxo de água no Canal do Panamá. Nem todos os calados de navios conseguem navegar pela travessia de 82 km. Então, as 40 embarcações diárias foram reduzidas para em torno de 32.
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Diante da fila de mais de 200 navios e dos inevitáveis atrasos em entregas, proprietários de cargas têm buscado alternativas, como o Estreito de Magalhães, que fica no extremo sul da América do Sul.
Mais de 100 países já sentiram os efeitos. Seja com cargas de eletrônicos ou com commodities. A preocupação só aumenta conforme as festas de fim de ano se aproximam. Tanto pelo congestionamento de navios, quanto pelos prejuízos que produtos natalinos poderiam representar ao chegar em seus destinos após a data comemorativa.
O pior é que a meteorologia não prevê uma melhora tão rápido. A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) estima que as restrições devem permanecer, pelo menos, até maio do ano que vem. Um previsão preocupante para o comércio mundial. O Canal do Panamá é a rota de, no mínimo, 6% dos navios que navegam o mundo.
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