Putin ordena que integrantes do Grupo Wagner assinem juramento de lealdade
Medida foi decidida após morte do líder dos mercenários; causa do acidente ainda é desconhecida
Camila Stucaluc
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, na 6ª feira (25.ago), que todos os integrantes do grupo paramilitar Wagner assinem um juramento de lealdade ao Estado. A medida, publicada no site do Kremlin, foi decidida dois dias após o líder do grupo de mercenários, Yevgeny Prigozhin, morrer em um acidente aéreo perto de Moscou.
Isso porque a causa do acidente ainda não foi identificada. Dados de rastreamento de voo mostram que o jato executivo em que Prigozhin estava não teve problemas até os últimos 30 segundos de voo, quando sofreu uma queda vertiginosa. Além do chefe do Grupo Wager, outras nove pessoas estavam a bordo da aeronave - todas mortas na queda.
Apesar do Comitê de Investigação da Rússia abrir uma investigação sobre o acidente, o Kremlin afirmou que países ocidentais continuam sugerindo que Prigozhin foi morto por ordem de Putin. Segundo o governo russo, as alegações não passam de "uma mentira absoluta".
+ EUA sancionam russos envolvidos em deportação forçada de crianças ucranianas
Prigozhin, de 62 anos, havia sido visto pela última vez na África, onde disse, por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, estar "trabalhando para libertar o continente e tornar a Rússia ainda maior". O chefe do grupo de mercenários estava em exílio na Bielorrússia desde o final de junho, quando liderou uma rebelião de dois dias contra o governo russo.