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Brics buscam "redesenhar ordem global" com ampliação, diz especialista

Grupo anunciou a entrada de seis novos integrantes; Brasil deve ter que lutar por protagonismo

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Líderes do Brics
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Ao fim do encontro realizado em Joanesburgo, na África do Sul, o Brics anunciou a entrada de seis novos países no grupo. A partir de 2024, Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã se juntam a Brasil, Rússia, Índia, China e à própria África do Sul. Mas, o que isso significa na prática? 

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Para responder a essa pergunta, o programa Poder Expresso ouviu o cientista político e internacionalista Caio Barbosa. Na visão dele, os integrantes do bloco ganham mais peso nas discussões com os países ricos.

"É justamente o Brics tentando se colocar como um contrapeso ao G7, que é o grupo dos países mais ricos do mundo. Então, os Brics -- que tem países grandes, fortes, como a Rússia, a China, a Índia -- estão buscando redesenhar a ordem global e encontrar mais peso para bater de frente com esses países ricos", avaliou.

Ele ressalva, porém, que o Brasil agora terá que disputar o protagonismo no grupo com mais países. O que não foi impeditivo para apoiar a entrada dos novos integrantes: 

"O Brasil apoiou essa expansão, pensando nos possíveis benefícios. Um deles é justamente o apoio à reforma do Conselho de Segurança da ONU, que é uma reivindicação muito antiga do governo brasileiro. Então conseguir esse apoio, que isso que foi que foi expresso no documento final da conferência, acaba sendo um ponto importante para o Brasil".

Confira a íntegra da entrevista (a partir de 8min30seg): 

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