Explosão a bordo pode ter derrubado avião com chefe do grupo Wagner na Rússia

O Serviço de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que uma explosão a bordo é a causa mais provável da queda do avião que estaria transportando o chefe do grupo Wagner. Uma das hipóteses é a de que uma bomba tenha sido colocada na aeronave, mas outras possibilidades estão sendo investigadas, como o uso de combustível adulterado.

A família de Yevgeny Prigozhin ainda não confirmou a morte, mas o Kremlin, sim. Nesta 5ª feira (24.ago), Vladimir Putin quebrou o silêncio e disse que o chefe do grupo Wagner cometeu erros graves, mas também conseguiu resultados necessários. O presidente russo ainda ofereceu condolências aos parentes das 10 vítimas do acidente e afirmou que a investigação vai levar tempo.

Prigozhin liderou um motim, em junho, contra chefes militares russos, numa das maiores ameaças já enfrentadas pelo governo Putin. O grupo paramilitar Wagner lutou pela Rússia em conflitos na África e na Ucrânia. Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia não tem qualquer ligação com a queda do avião e acusou Putin indiretamente.

O jato Legacy 600, da Embraer, estava em velocidade constante quando sofreu uma queda repentina, pouco depois de deixar Moscou. A asa e a fuselagem se separaram, o que pode indicar a possível explosão.

O corpo de Prigozhin ainda não foi identificado. Segundo a rede Al-Jazeera, o celular dele foi encontrado no local do acidente. Em 2019, o líder do Wagner foi dado como morto em um acidente de avião na República Democrática do Congo, mas três dias depois, ele estava na Rússia. Há quem suspeite que o acidente de 4ª feira seja apenas uma trama para Prigozhin despistar adversários.