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Equador: criminosos atacam candidata à Assembleia Nacional

Ataque a tiros aconteceu um dia depois do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à Presidência

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Mulher e policial abrem a porta de carro com adesivos de propaganda política e com o vidro destruído por disparo de arma de fogo
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Dois criminosos atiraram contra o carro da candidata à Assembleia Nacional do Equador, Estefany Puente. Imagens que mostram o para-brisa do veículo de campanha destruído por vários disparos foram publicadas nas redes sociais. Segundo a imprensa local, Estefany dirigia o carro quando foi atacada pelos criminosos armados, que fugiram depois de efetuar os disparos. Ela acabou atingida por um tiro de raspão no braço.

O atentado aconteceu na cidade de Quevedo, a 250 quilômetros da capital, Quito, e apenas um dia depois da morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio, baleado com três tiros na cabeça.

A Justiça do Equador decidiu pela prisão preventiva de seis colombianos, acusados de participação no assassinato. Um sétimo suspeito, morto em confronto com a polícia, também era da Colômbia. Ainda não se sabe quem é o mandante.

Segundo a ONG Human Rights Watch, o crime organizado do Equador tem alianças com o tráfico de drogas do México e da Colômbia. Se confirmada a participação dos detidos, esta não seria a primeira vez que mercenários colombianos são contratados para matar em outro país. Em julho de 2021, uma quadrilha viajou até o Haiti para assassinar o então presidente, Jovenel Moïse, na sua própria casa. Um traficante de drogas, preso nos Estados Unidos, confessou ser o mentor e acabou condenado à prisão perpétua. A conspiração ainda envolve o nome de políticos e empresários haitianos.

No Equador, as Forças Armadas começaram a ocupar as ruas do país para cumprir o decreto de "estado de exceção", que vai vigorar por 60 dias. Dos nove feridos no atentado, cinco têm quadro estável. Segundo o presidente Guillermo Lasso, o FBI, que atua como polícia federal dos Estados Unidos, ajudará nas investigações.

Horas após o crime, homens que diziam fazer parte dos "Los Lobos" - a segunda maior facção criminosa do Equador - admitiram a autoria do atentado. Depois que o vídeo viralizou, uma outra gravação foi divulgada, desta vez, por integrantes que negam o envolvimento do grupo no assassinato. "Não sejam enganados, nós não cobrimos nossos rostos, nem matamos políticos e civis", dizia um dos criminosos.

Apesar do clima de comoção e medo, as eleições no Equador foram mantidas para o dia 20. O partido de Fernando Villavicencio pediu ao Conselho Nacional Eleitoral que adie o debate presidencial previsto para o próximo domingo (13.ago), para que possa definir um candidato substituto./ O velório de Villavicencio deve ser aberto ao público.

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