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Incêndios no Havaí são os mais mortais dos últimos 5 anos nos EUA

53 pessoas morreram e mais de 11 mil foram retiradas da ilha de Maui. Biden decretou estado de catástrofe

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Imagens aéreas de destruição na Ilha de Maui, no Havaí, atingida por incêndios florestais
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Subiu para 53 o número de mortos nos incêndios florestais na ilha de Maui, no Havaí. Mais de 11 mil pessoas foram retiradas do local. São os incêndios florestais mais mortais dos últimos cinco anos nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden declarou estado de catástrofe e liberou ajuda federal para auxiliar as vítimas.

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A combinação de vegetação seca, baixa umidade e ventos fortes foi o que levou a região de Lahaina às cinzas. Mais de 1.000 imóveis foram danificados -- entre casas, comércios e prédios históricos. Um dos principais polos turísticos da ilha de Maui, a área já foi a residência de reis havaianos antes do arquipélago pertencer aos Estados Unidos. 

Moradores e turistas foram pegos de surpresa. Algumas pessoas chegaram a se jogar no mar para fugir do fogo. Quem conseguiu sair às pressas relatou que era como se uma bomba tivesse caído no local, tamanha a destruição. Maui é a segunda maior ilha do Havaí. Tem cerca de 170 mil habitantes e recebe mais de três milhões de turistas anualmente. 

De acordo com autoridades locais, a dificuldade de acesso à ilha agrava a situação. Os hospitais estão sobrecarregados e os ventos fortes atrapalham a chegada de helicópteros. A brasileira Luana de Teves, que morou em Maui durante dois anos, hoje, vive na Califórnia, mas o filho Ty, de oito anos, está com o pai, perto do local do incêndio.

"Ele e meu filho estão bem, mas sem luz e sem celular. Duas famílias que a gente conhece perderam as casas, mas conseguiram evacuar com as crianças e estão perdidos sem saber o que vão fazer agora", contou Luana.

Os incêndios em Maui acontecem num momento em que os Estados Unidos passam por impactos climáticos extremos, como tempestades, seca, recordes de calor e queimadas em outras regiões. Segundo a Universidade do Havaí, em quase todos os anos há devastação pelo fogo no arquipélago, mas a situação se agravou em 2023.

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