Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, é assassinado
Político foi atingido quando saia de um comício na capital; seis suspeitos foram presos
Camila Stucaluc
O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, do Movimento Construir, foi assassinado na noite de 4ª feira (9.ago), em Quito. Segundo autoridades locais, o político foi atingido por três tiros na cabeça depois de sair de um comício em uma escola da capital. Outras nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma candidata à Câmara.
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Acredita-se que três criminosos foram responsáveis pelos disparos - feitos com metralhadoras. Em comunicado, o Ministério Público informou que um dos suspeitos foi morto durante uma troca de tiros com agentes de segurança. Outras seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no caso e serão interrogadas.
"Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune", disse o presidente do Equador, Guillermo Lasso, poucos minutos antes de se reunir com o Gabinete de Segurança.
Pelas redes sociais, usuários compartilharam o momento em que Villavicencio estava saindo do comício. Nas imagens, é possível ver o político cercado por policiais que o ajudam a entrar em um veículo. Antes de fechar a porta, começam os disparos.
My thoughts and prayers are with Ecuador .... Fernando Villavicencio was assassinated today and the last hope to fight off the Socialst scum that Corra has brought on that country... Villavicencio had plans to take the same approach to crime as President Nayib Bukele of El? pic.twitter.com/ht7L6HJcSf
? Isaac?s Army (@ReturnOfKappy) August 10, 2023
Villavicencio, de 56 anos, era um ex-jornalista e um dos principais candidatos às eleições presidenciais do Equador - programadas para acontecer no dia 20 de agosto. O pleito foi antecipado após Lasso dissolver a Assembleia Nacional, para, segundo ele, pôr fim à "crise política grave e comoção interna". Nas pesquisas de opinião, Villavicencio oscilava entre a segunda e a quinta colocação.
Na semana passada, Villavicencio afirmou em rede nacional que estava recebendo várias ameaças de morte, que partiam, sobretudo, do líder preso da gangue Choneros, conhecido como "Alias Fito".
O que testemunhamos foi como um filme de terror. Vimos que havia feridos caindo, sangue, pessoas feridas A morte do meu parente. Não tenho palavras para o que está acontecendo no país. Que insegurança vivemos. Se um homem que lutou por mais de 20 anos, o mais propenso a ganhar as eleições, é silenciado. É assim que se ganham eleições?", questionou o tio de Villavicencio, Galo Valencia.
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No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota condenando o crime e expressando solidariedade aos familiares de Villavicencio. "Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos."