Hora de dizer adeus a Indiana Jones
Último capítulo da saga com Harrison Ford chega aos cinemas nesta 5ª feira (29.jun)
SBT News
Há 42 anos a gente convive com um dos maiores ícones da cultura pop. O arqueólogo mais famoso do mundo nos levou a diversas aventuras inesquecíveis em busca de tesouros perdidos da nossa história, mas agora chegou a hora da despedida. "Indiana Jones e a relíquia do destino" estreia nos cinemas brasileiros nesta 5ª feira (29.jun), nos faz passear por boas lembranças e já nos deixa com saudades.
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O chapéu fedora, a bolsa atravessada, o estalo do chicote. Os símbolos são muitos e o elemento mais importante que faz de Indiana Jones um dos personagens mais queridos da história do cinema: ele não tenta ser o herói, ele simplesmente é. Comete muitos erros, não é perfeito, assim como a gente. E, desafia seus limites: seja pela terra, água ou ar, vai em busca de seus objetos e objetivos preciosos.
Só a trilha assinada por John Williams, 53 vezes indicado ao Oscar, já nos faz querer embarcar na próxima aventura.
O início
Indiana Jones foi criado por dois dos cineastas mais importantes da atualidade, Steven Spielberg e George Lucas, que trouxeram Harrison Ford para tramas ao redor do nosso planeta. Na época, ele já era famoso por interpretar Han Solo, em "Star Wars".
Em 1981, nos foi apresentado o arqueólogo aventureiro e explorador, Dr. Henry Walton em "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida". Três anos depois do sucesso imediato ao redor do mundo, já veio o filme número dois: "Indiana Jones e o Templo da Perdição" (1984). "A Última Cruzada" chegou em 1989 e depois dele "O Reino da Caveira de Cristal" (2008) demorou quase 20 anos para estrear nas telas.
No total, estes quatro filmes arrecadaram juntos cerca de US$ 2 bilhões em bilheteria (quase 10 bilhões de reais), mas mais do que isso, conquistaram - e continuam fascinando - fãs de diversas gerações ao redor do mundo. Dizem até que o adorado Indy foi responsável por um salto no interesse do estudo de arqueologia.
"Esses filmes foram compartilhados entre gerações, os pais compartilharam esses com seus filhos e assim por diante. Por que? Por causa do seu charme, porque eles são cheios de coração assim como o personagem, com ação, são imaginativos, são construídos sobre o mundo que conhecemos e nossa história e nos levam a lugares fantásticos. Mas, mais do que tudo, eles também são uma carta de amor ao cinema clássico e acho que isso tem um apelo universal", conta o cineasta James Mangold, que dirigiu este último filme.
O charmoso professor de fala mansa - que sempre traz uma frase ou ação para aliviar a tensão - agora chega a sua quinta aventura, em um filme que foi adiado várias vezes, mas que segundo o diretor traz a essência do aventureiro descontraído que conhecemos.
"Também estamos lidando com algo bastante óbvio, no momento em que você vê Harrison no filme, que é 42 anos mais velho que o cara que vimos em "Os Caçadores da Arca Perdida". Então, parte do filme também é endereçada ao que é ser um herói nesta fase da vida e o que é enfrentar o capítulo final de sua vida com todos os seus triunfos e tragédias atrás de você tentando entender quais serão suas últimas aventuras", diz o cineasta.
Inteligência Artificial em ação
Com a ajuda da tecnologia, vemos Harrison Ford mais jovem. No início do filme, o herói luta contra os nazistas no final da Segunda Guerra, quando persegue a Lança do Destino. Mas, em um salto no tempo o reencontramos em 1969, se aposentando, aí sim com a idade atual de Harrison Ford, que completa 81 anos no próximo dia 13 de julho.
"Eu tinha a ambição de incluir na franquia essa parte da vida dele, assim como os filmes anteriores que fizemos, que focam nele quando ele era jovem, vibrante, vigoroso, e agora ele está velho. E, isso aparece. Eu acho isso fantástico ter uma pessoa mais velha em um filme de ação para vê-lo tentar ser a mesma pessoa que ele costumava ser, mas ele não é. Há outras pessoas preenchendo os vazios e alguns parecem estar bem com isso e outros estão meio que, vamos lá, você sabe, entre lá. Nós falamos sobre isso, este é um personagem que é físico. Ele é um personagem físico. Então quando ele não pode fazer as coisas que costumava fazer, ele tem que recorrer a outros recursos que tem. E eu acho que é um lugar interessante para ver esse personagem", diz Harrison Ford.
O fim
Harrison Ford garante que essa é a sua última aventura na pele do arqueólogo mais amado da sétima arte e o enredo traz participações especiais de antigos e novos personagens, que até sugerem uma possível continuidade da franquia com Phoebe Mary Waller-Bridge.
"Estou triste e feliz. Estou satisfeito por ter essa oportunidade maravilhosa de trabalhar com esse personagem e esse tipo de filme com alguma regularidade nos últimos 40 anos, mas estou pronto para concluir a história dele. Acho apropriado que tenhamos uma história sobre Indiana Jones que confronta sua idade, seu estado mental quando o encontramos pela primeira vez e nos permite vê-lo se levantando e voltando à ação mais uma vez", finaliza Harrison Ford.