Linha do tempo: entenda a rebelião de mercenários contra o governo russo
Confronto entre Grupo Wagner e governo de Vladimir Putin começou na 6ª feira (23.jun)
Henrique Bolgue
A escalada de tensão envolvendo o grupo de mercenários Wagner e o governo russo chegou ao fim no início da noite deste sábado (24.jun) com o anúncio de um acordo que encerrou o motim.
A revolta começou na noite de 6ª (23.jun), quando o grupo paramilitar, que luta na guerra da Ucrânia ao lado da Rússia, iniciou uma rebelião e atacou bases militares russas. Depois, deixou bases no leste da Ucrânia, cruzou a fronteira e tomou o controle de Rostov. Os mercenários ameaçaram marchar para Moscou.
Há meses, o líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, vinha tendo desentendimentos com o Ministério da Defesa russo por conta da falta de armas e suprimentos de guerra para suas tropas.
Veja a linha do tempo:
- Na noite de 6ª, manhã de sábado na Rússia, um grupo de mercenários, Grupo Wagner, antes aliados da Rússia, entra em confronto com o governo do país. Segundo o líder, Yevgeny Prigozhin, os militares russos teriam destruídos acampamentos do grupo. O Ministério de Defesa Russo negou.
- Os mercenários atacam e tomam o controle das instalações militares de Rostov, no sul da Rússia.
- Em vídeo, o presidente russo, Vladimir Putin, classifica a rebelião como um "punhalada nas costas".
- Prigozhin e seus paramilitares chegaram a aproximadamente 200 km de Moscou. O prefeito da cidade pediu que a população ficasse em casa.
- No Twitter, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que a fraqueza de Moscou é "óbvia". Também disse que vai proteger a Europa, depois de pedir ações da OTAN.
- A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirma que está monitorando a situação.
- O líder da rebelião interrompeu a rebelião após um acordo com a Bielorrúsia.
Confira aqui um perfil do líder Yevgeny Prigozhin, que foi de vendedor de cachorro-quente a líder da rebelião.