"Sem perspectivas", diz Guarda Costeira sobre resgate de mortos em submersível
Destroços do veículo foram identificados perto do Titanic, que está a 4 mil metros abaixo da superfície

Camila Stucaluc
A Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou, na 5ª feira (22.jun), que as operações de buscas para encontrar os corpos dos passageiros do submersível Titan, que implodiu durante uma expedição ao Titanic, irão continuar, mas sem perspectivas iniciais. Isso porque, além de vasta, a área é extremamente arriscada para mergulhadores.
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"É realmente um ambiente muito complexo e perigoso de se chegar. Os destroços [do submersível] indicam, sim, que houve uma implosão catastrófica. Nós continuaremos trabalhando e procurando em toda essa área, mas ainda não há uma resposta sobre as perspectivas de encontrar esses corpos", disse o almirante John Mauger.
O submersível estava desaparecido desde domingo (18.jun), quando saiu em uma expedição no Oceano Atlântico para explorar os destroços do Titanic - naufragado em 1912. O veículo, que deveria percorrer um trajeto de 4 mil metros abaixo da superfície, contava com suprimento de oxigênio de 96 horas - esgotado na manhã de 5ª feira (22.jun).
No mesmo dia, a Guarda Costeira informou que encontrou um campo de destroços a 500 metros do Titanic. O cenário indicou para uma implosão do submersível, possivelmente causada pela pressão da água. À bordo do veículo estavam cinco passageiros, todos considerados mortos pela Oceangate - empresa responsável pela expedição.
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"Este é um momento extremamente triste para nossos funcionários, que estão exaustos e sofrendo profundamente com essa perda. Todos da Oceangate são profundamente gratos pelos incontáveis homens e mulheres de múltiplas organizações da comunidade internacional que expediram amplos recursos e trabalharam arduamente nesta missão. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento tão doloroso", disse a empresa.