O feriado 'Juneteenth' nos EUA
Feriado nacional criado por Biden em 2021 é uma lembrança pelo dia da abolição da escravatura nos EUA
Washington DC -- Nesta 2ª feira (19.jun), os Estados Unidos celebram pelo segundo ano o feriado "Juneteenth". Em inglês, a junção de junho e dezenove. Em 1865, escravos do estado do Texas foram proclamados livres. Desde então, a data se tornou um marco para a comunidade afrodescendente norte-americana que sempre celebrou o dia, mas até ano passado, não era um feriado nacional.
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Em um evento na Casa Branca nesta semana, convidados e artistas se uniram para celebrar o Juneteenth e ouviram um discurso forte do presidente americano.
"Lembrar a proclamação da emancipação não foi apenas um documento. O feriado capturou a essência da liberdade que galvanizou o país", disse Biden.
No palco, uma sequência de artistas afro descendentes se apresentou até o anoitecer. Embalaram a noite com ritmo que variou da percussão corporal ao rhythm'n'Blues: Step Afrika!, Patina Miller, Jennifer Hudson e Ledisi, que interpretou um sucesso de Tina Turner.
O presidente americano falou ao fim do evento, e foi precedido pela filha, Ashley, ativista dos direitos humanos e assistente social.
Inspiração para o Brasil
No Brasil, a abolição da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888, data em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O povo celebrou, a princesa até hoje é lembrada pelo feito, mas o dia não é feriado.
Chegou a ser por um período durante a Primeira República, mas Getúlio Vargas mudou as regras cancelando o feriado do dia 13 para criar um outro, em 1º de maio, em homenagem a todos os trabalhadores brasileiros.
Uma outra data com referência ao tema é 20 de novembro, quando Zumbi dos Palmares foi morto após ser capturado pelos portugueses. Cento e trinta e cinco anos depois da abolição dos escravos no Brasil, o feriado americano -- criado há pouco tempo -- é uma inspiração do que pode ser feito.
Mês do orgulho LGBTQ+
Em 1960, em Nova York, as batidas policiais eram frequentes nos bares gays da cidade. Em uma manhã daquele ano, em 28 de junho, foi diferente.
Os frequentadores do Stonewall Inn, um dos locais mais badalados até hoje em Manhattan, reagiram e os protestos que se seguiram ganharam o nome de "Rebelião Stonewall".
O fato fez junho ser o mês do orgulho LGBTQ+ nos Estados Unidos. Na capital Washington, no último fim de semana, várias paradas percorreram as ruas da cidade, lotadas.