Série "Egito - O ouro dos Faraós" traz templo que ressurgiu no século XVI
País é tema de exposição na França; sarcófago de Ramsés II está entre itens expostos; veja o 2º episódio
Maria Paula Carvalho
Quase todos os faraós do Egito que reinaram às margens do Rio Nilo quiseram deixar seu nome para a posteridade. Entre eles está Ramsés II, tema de uma grande exposição em Paris em 2023.
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Nomes como o dele contribuíram para perpetuar o esplendor de lugares sagrados, como Karnak. O templo, em Luxor, no sul do Egito, ressurgiu do passado ao ser descoberto por um viajante no século XVI. A história correu o risco de ficar totalmente esquecida, já que faltavam os códigos para interpretar a escrita egípcia antiga.
É impossível vir a Karnak e não lembrar das expedições de Napoleão Bonaparte, que veio aqui com uma equipe de geógrafos e especialistas e fez a primeira cartografia dos monumentos do antigo Egito. A campanha militar de Napoleão, a partir de 1798, foi acompanhada de uma missão científica e artística da qual participaram 167 acadêmicos franceses. Para um filólogo francês, no entanto, só um mistério interessava os hieroglifos.
Foi graças ao egiptólogo Jean-François Champollion que o mundo ocidental conseguiu decifrar um pouco dessa história. Composta por mais de 600 caracteres, a escrita sagrada dos túmulos e templos do Egito têm registros que datam de até 2.000 antes de Cristo e parecem obras de arte. A história perdida dos faraós ressurgiu no passado da humanidade. Mas como o francês fez isso? Tudo começou bem antes, em 1799.
Engenheiros franceses escavavam o delta do Nilo quando encontraram um fragmento de granito polido que ficou conhecido como Pedra de Roseta --- o nome do local onde ela foi vista. A pedra continha inscrições com uma mensagem repetida em hieroglifos em grego e em egípcio demótico. A peça está hoje exposta num museu britânico.
Champollion viria ao Egito anos mais tarde, na exploração a Karnak, em 1828, quando dizem que passava o tempo copiando os desenhos dos muros e colunas. A decriptação dos hieroglifos egípcios fez dele um dos maiores linguistas de todos os tempos.
No próximo episódio, continuamos nossa expedição em direção ao sul do Rio Nilo, para conhecer o Templo de Luxor --- terra onde reinou Ramsés II.
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