"A Morte do Demônio: A Ascensão" é chocante e perturbador
SBT News conversou com diretor e elenco do filme de terror - exagerado - que estreia esta semana
SBT News
Este filme não é para todo mundo. É somente para aqueles apaixonados pelo terror sangrento, sem limites e explícito. Com cenas que chocam, arrepiam e até embrulham o estômago. Chega aos cinemas brasileiros nesta 5ª feira (20.abr), "A Morte do Demônio: A Ascensão". Esse é o retorno à famosa saga que começou nos anos de 1980 e com muitas referências aos clássicos, mas novamente: é só para os fortes. O SBT News conversou com o elenco e com o diretor.
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Quem assistiu ao filme original, de 1981, assinado por Sam Raimi, jamais esqueceu. A obra clássica é um marco do gênero do terror e inspira fãs e cineastas ao redor do mundo, incluindo o irlandês Lee Cronin, diretor do longa que acaba de ser lançado.
"Eu assisti ao filme (original) quando eu tinha uns oito ou nove anos. Meu pai mostrou o filme para mim. Eu cresci em uma casa onde todos eram fãs de filmes de terror, nada era fora do limite e esses filmes tiveram uma grande influência em mim desde muito cedo. Essa influência foi também passada quando eu comecei a montar minha carreira de cineasta", contou o diretor em entrevista exclusiva ao SBT News.
Além de ter se inspirado nos filmes da franquia, cheios de horror, humor e uma boa dose de surrealismo, Cronin também traz referências de outros clássicos do gênero e fez tudo sem limites ou pudor de chocar o espectador.
"Eu realmente não queria me segurar. Quando estava trabalhando no roteiro, se uma ideia maluca viesse à minha cabeça, eu jamais pensei que não poderia executá-la, pensava no oposto, como posso fazer mais com essa ideia e ir além para assustar a audiência e montar uma viagem a uma montanha-russa que eu estava tentando criar. Queria fazer algo comparado a, por exemplo, se você for a um parque de diversões e entra no mais louco trem-fantasma que se pode imaginar, no qual você vai indo dentro desse mundo e lá no escuro você não tem nenhuma ideia do que virá a seguir. Eu tentei deixar a mente mais aberta possível com as ideias que eu tive para fazer o máximo em cada cena do filme", revela Cronin.
Agora, a saga sai da floresta pela primeira vez e se passa na cidade de Los Angeles. Ellie (Alyssa Sutherland) é mãe de três filhos e a irmã dela, Beth (Lily Sullivan), que está grávida, acaba de chegar para uma visita. Mas é um terremoto e a curiosidade que desenterram as forças do mal, quando Danny (Morgan Davies) encontra o famoso livro "Necronomicon" e gravações contendo uma série de áudios. Ao reproduzi-los acaba despertando forças demoníacas que dão início à luta pela sobrevivência.
As atrizes Alyssa Sutherland e Lili Sullivan conversaram com o SBT News sobre essa assombrosa experiência.
"Eu não era fã de filmes de terror, mas ao entrar no projeto rapidamente eu entendi, vi porque as pessoas gostam tanto e vão assistir juntas no cinema que a transforma em uma experiência tão louca. É realmente como "A Morte do Demônio: A Ascensão" deve ser visto, com todos vendo e sentindo juntos" diz Alyssa, que comenta que ela não teve medo algum na hora das filmagens.
"Não tive medo porque eu era o monstro e você Lili?"
"Foi uma mistura divertida com todos na produção entrando na brincadeira. Então foi muito mais com momentos de estresse nos quais queria realmente que a cena funcionasse. Houve um momento na cena do elevador que eu estava sendo mergulhada no sangue com Nell Fisher amarrada em mim. Em um ponto a claustrofobia entrou em ação e ainda com a responsabilidade por uma criança e fazer as cenas. No fim do dia, no set de filmagens havia como se fosse lacunas nas laterais que sua mão pudesse ser sugada, mas era só um filme certo? Um pequeno, micro ataque de pânico, mas definitivamente, nunca o medo um do outro. Foi muito divertido, o que é ótimo, porque seria muito assustador se as filmagens dos filmes de terror também fossem de dar medo", diz Lily Sullivan.
Ficamos presos juntos com as personagens em um apartamento por quase 1h30min, um pesadelo infernal, desesperador e sangrento, e bota sangrento nisso. Foram usados 6.500 litros de líquido vermelho para imitar o sangue nesta produção. Segundo o diretor, tudo foi filmado da tradicional maneira, com pouquíssimos efeitos especiais.
"É tudo 'sangue de verdade', tentamos fazer quase tudo sem efeitos especiais. A maioria das cenas e efeitos foram feitos fisicamente e da maneira mais real possível, no set. A não ser que houvesse algo que seria impossível de conseguir sem efeito especial. Eu diria que de todas as coisas loucas que você vê no filme, mais de 90% foi feito sem efeitos especiais", revela o diretor.
"Quase nada foi feito digitalmente, acho que meus olhos, foram os únicos efeitos especiais. E um pouquinho do final, que a audiência depois de assistir vai saber o que significa. Não podemos dar spoiler do final, mas há um efeito especial", complementam as atrizes.
Tudo para manter o espectador tenso e envolvido até o final e jamais esquecer. Recomendado para aqueles que buscam uma experiência cinematográfica arrepiante e para quem quer garantir os pesadelos para as próximas noites.
"Se você vai fazer um filme de terror, você quer assustar as pessoas e espera que elas não durmam à noite. Esse é o trabalho", finaliza Cronin.