Resumo da semana: Lula na China, militares na PF e França em chamas
Confira esses e outros fatos que repercutiram nos últimos dias no Brasil e no mundo
Camila Stucaluc
A última semana foi de insegurança no Brasil, que registrou um aumento de ameaças e ataques em instituições de ensino. Na Justiça, ao menos 89 militares prestaram depoimentos na Polícia Federal sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Já no mundo, o presidente Lula visitou a China para reforçar a parceria, enquanto na França, um capítulo caótico foi encerrado com a aprovação da reforma da Previdência pelo Conselho Constitucional.
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Essas e outras notícias você confere no resumo da semana do SBT News. Veja:
Lula viaja à China e garante 15 acordos bilaterais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou, na 3ª feira (11.abr), para a China. Acompanhado de uma comitiva com empresários, governadores e ministros, o mandatário debateu sobre economia e turismo com o presidente Xi Jinping, com quem assinou 15 acordos bilaterais. A guerra na Ucrânia também esteve em pauta.
Em Xangai, Lula ainda participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff, que assumiu o comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco dos Brics. No evento, o líder destacou a importância do banco para nações em desenvolvimento e defendeu a moeda única para negócios entre os países-membros.
PF começa a ouvir militares sobre atos golpistas do 8 de janeiro
A Polícia Federal começou a ouvir, na 4ª feira (12.abr), os depoimentos de cerca de 80 integrantes das Forças Armadas e da Polícia Militar sobre a invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Entre os intimados, está o general Gustavo Dutra de Menezes, responsável no ato pelo Comando Militar do Planalto.
Os investigados foram intimados a depor nos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado alega que os fatos investigados, que podem comprovar a omissão ou colaboração dos militares nos atos golpistas, não se enquadram nos processos da Justiça Militar.
Em meio a protestos, Conselho Constitucional da França aprova reforma da Previdência
O Conselho Constitucional da França aprovou, na 6ª feira (14.abr), a reforma da Previdência. Com a decisão, o presidente Emmanuel Macron fica autorizado a sancionar a medida, que prevê aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. A regra ainda amplia os anos de contribuição necessários para obter o benefício integral.
A reforma da Previdência precisou passar pelo Conselho após ter sido aprovada, em março, por Macron, que acionou o artigo 43.9 da Constituição e dispensou o aval do Parlamento. A ação resultou em dezenas de protestos e greves gerais. Em Paris, por exemplo, a paralisação da coleta de lixo já deixou toneladas de entulho pelas ruas da capital.
As manifestações continuam no país.
Ministério da Justiça libera R$ 150 milhões para ampliar segurança em escolas
O Ministério da Justiça publicou, na 4ª feira (12.abr), o decreto que libera R$ 150 milhões para ampliar o serviço de ronda escolar e aumentar a segurança nas unidades de ensino do país. A medida, assinada pelo ministro Flávio Dino, foi anunciada após um homem invadir uma creche em Blumenau (SC) e matar quatro crianças.
Além do fundo, Dino cobrou ações das redes sociais e de aplicativos de mensagens para conter a violência à comunidade escolar. O ministro destacou a relação entre os recentes ataques com discursos de ódio e armamentistas, compartilhados nas plataformas. O político garantiu ainda que uma nova política armamentista será apresentada em maio.
MP Eleitoral se manifesta a favor de inelegibilidade de Bolsonaro
O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou, na 4ª feira (12.abr), a favor do pedido de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político é investigado por abuso de poder devido à reunião com embaixadores em julho do ano passado. Na data, ele utilizou a estrutura do governo para disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
Agora, o parecer será enviado para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também conta com outras 15 investigações abertas contra a campanha de Bolsonaro nas eleições. A expectativa é que o parecer seja julgado no início de maio. Caso seja condenado, o ex-presidente pode ficar inelegível por oito anos.
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