China simula ataques contra 'alvos cruciais' em Taiwan; EUA reagem
Exercício militar é resposta chinesa à aproximação de Taiwan com Estados Unidos
A China simulou neste domingo (9.abr) "ataques de precisão" contra "alvos cruciais na ilha de Taiwan e nas águas circundantes", com a participação de dezenas de aviões e tropas terrestres, informou a televisão estatal do país atacado.
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As manobras militares, que devem durar até 2ª feira (10.abr), começaram depois que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se reuniu na 4ª feira (5.abr) na Califórnia com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.
Ao encontro, Pequim prometeu responder com medidas "firmes e contundentes". A China considera a ilha de Taiwan, de 23 milhões de habitantes, uma de suas províncias que ainda não conseguiu reunificar com o restante do território desde o fim da guerra civil, em 1949.
Exercícios militares
As manobras têm o objetivo de estabelecer a capacidade da China para "tomar o controle do mar, o espaço aéreo e da informação [...] para criar uma dissuasão e um cerco total de Taiwan", destacou o canal estatal CCTV no sábado (8.abr).
Além disso, os exercícios "servem como advertência severa contra o conluio entre as forças separatistas que buscam a independência de Taiwan e as forças externas", advertiu no sábado o porta-voz militar chinês, Shi Yin.
Taiwan e o governo dos Estados Unidos criticaram a operação e pediram "moderação" a Pequim, ao mesmo tempo que afirmaram manter aberto os canais de comunicação com a China.
A presidente a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, denunciou no sábado o "expansionismo autoritário" da China e afirmou que Taiwan "continuará trabalhando com os Estados Unidos e outros países (...) para defender os valores da liberdade e da democracia".
Em agosto, a China executou manobras militares sem precedentes ao redor de Taiwan e disparou mísseis em resposta a uma visita à ilha da democrata Nancy Pelosi, antecessora de McCarthy na presidência da Câmara de Representantes.
*com reportagem de Sébastien Ricci e Matthew Walsh, da AFP.
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