Franceses iniciam mais um dia de greve geral contra reforma da previdência
Popularidade de Macron continua caindo; medida será votada constitucionalmente em 14 de abril
Os franceses saíram às ruas, na manhã desta 5ª feira (6.abr), para mais um dia de protestos contra a reforma da previdência. Juntamente com as manifestações, os sindicatos realizam uma greve geral, que deve afetar setores aéreos e petroleiros, bem como o transporte público. Parte das escolas também deve ficar fechada.
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Além das paralisações de hoje, as greves em curso continuam afetando os franceses, sobretudo no setor ferroviário. O cenário mais aborrecedor, no entanto, é a paralisação dos catadores de lixo, que estão sem prestar serviços desde o dia 7 de março. Como resultado, as ruas de Paris, por exemplo, já acumulam mais de 6 mil toneladas de lixo.
A reforma da previdência foi aprovada pelo presidente Emmanuel Macron por meio do artigo 49.3, que dispensa o aval do Parlamento. A medida, que estava em discussão desde o início do ano, aumenta a idade de aposentadoria em dois de 62 para 64 anos, bem como os anos de contribuição necessários para obter o benefício integral.
Os manifestantes alegam que as mudanças são injustas, especialmente para as mulheres, que, em meio a licenças maternidades e cuidados familiares, podem precisar trabalhar até os 67 anos. Caso o Conselho Constitucional aprove a reforma no dia 14 de abril, no entanto, Macron poderá assinar as mudanças em lei.
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Em meio à revolta, a popularidade de Macron, atualmente em viagem na China, vem caindo entre os franceses. Uma pesquisa do grupo Elabe, por exemplo, apontou que se uma nova eleição fosse realizada agora, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, principal adversária de Macron, venceria o presidente por 55% a 45%.