Ministra francesa defende ensaio para Playboy após repercussão
Políticos criticam decisão de Marlène Schiappa em meio à revolta da reforma da previdência
Camila Stucaluc
A Secretária de Estado da Economia Social da França, Marlène Schiappa, defendeu a decisão de participar de um ensaio para a revista Playboy. Pelas redes sociais, a ministra afirmou que "defender o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo é feito sempre e em qualquer lugar" e que, na França, as mulheres são livres.
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A declaração acontece depois que o anúncio do ensaio fotográfico, que deve ser publicado na 5ª feira (6.abr), gerou repercussão entre políticos. Isso porque, devido às dezenas de protestos e greves por conta da reforma da previdência, os parlamentares não acreditam que esse tenha sido o momento ideal para a decisão de Marlène.
"Os corpos das mulheres devem poder ser expostos em qualquer lugar, não tenho problema com isso, mas há um contexto social. Pessoas que vão ter que trabalhar por mais dois anos, que estão se manifestando, que estão perdendo dias de salário, que não estão conseguindo comer por causa da inflação", criticou a deputada Sandrine Rousseau.
O mesmo foi feito pela primeira-ministra, Elisabeth Borne, que, segundo o canal BFM, ligou para Marlène e comentou sobre o ensaio fotográfico. "Não foi apropriado no período atual", disse a premiê à ministra.
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O editor francês da Playboy, Jean-Christophe Florentin, no entanto, defendeu que a revista não é um pornô, mas sim uma mistura de livro e revista. Em entrevista à AFP, ele disse que Marlène, que aparecerá de vestido branco na capa da revista, foi escolhida por ser a mais compatível entre os ministros para falar sobre os direitos femininos.
