EUA condenam prisão de jornalista e pedem para americanos deixarem Rússia
Autoridades acusaram Moscou de intimidar e punir profissionais da mídia e sociedade civil
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou a prisão do jornalista Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, na Rússia. Em comunicado, Blinken afirmou que o Kremlin, que acusa o jornalista de espionagem, continua tentando intimidar, reprimir e punir profissionais da mídia, bem como a sociedade civil.
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O mesmo foi dito pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, que afirmou que as acusações russas são "ridículas" e que qualquer ataque a cidadãos norte-americanos por Moscou é inaceitável. Ambos os políticos ainda reforçaram o pedido da embaixada dos Estados Unidos na Rússia para que os cidadãos deixem o país.
"Nossa melhor ferramenta agora é a prevenção. É por isso que deixamos claro sobre não viajar para a Rússia e deixar a Rússia se você for americano e estiver lá. A Rússia não é um lugar seguro - não é um lugar seguro para os americanos", disse Karine, assegurando o auxílio do Departamento de Estado para aqueles que desejarem sair de Moscou.
A prisão de Evan Gershkovich aconteceu na 5ª feira (30.mar), na cidade de Yekaterinburg. O governo russo alega que o jornalista estava tentando obter informações classificadas, ação vista como espionagem. Em nota, o Wall Street Journal negou as alegações do Kremlin e pediu a liberação imediata do profissional.
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Acredita-se que a ação é mais uma jogada da Rússia, que detém perfis de importância nacional para impulsionar um "pool de troca" de prisioneiros. No ano passado, por exemplo, Moscou prendeu a jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner, acusada de porte de drogas e contrabando. Ela foi trocada pelo russo Viktor Bout, um traficante de armas que já foi apelidado de "Mercador da Morte".