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Bolsonaro defende liberdade, critica Lula e nega irregularidade em joias

Ex-presidente discursou em um dos maiores eventos de orientação conservadora do país norte-americano

Bolsonaro defende liberdade, critica Lula e nega irregularidade em joias
Jair Bolsonaro (PL)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na tarde deste sábado (4.mar) na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), em Washington, nos Estados Unidos. O evento é um dos maiores eventos de orientação conservadora do país norte-americano. O ex-mandatário focou em temas de interesses dois países, como liberdade de expressão nas redes sociais e pautas conservadoras. 

Mais cedo, em entrevista à CNN Brasil, negou ilegalidades envolvendo as joias dadas pelo governo da Arábia Saudita e que teriam sido trazidas de forma ilegal ao Brasil. Também negou que os presentes seriam para uso pessoal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

"Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão", disse o ex-mandatário à emissora.

Durante a tarde, no evento que reuniu políticos conservadores americanos, Bolsonaro criticou a revogação de seus decretos armamentistas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a dizer que a liberdade está em jogo no Brasil e que assiste o que champou de "sanha para regulamentar as redes sociais".  

"Quando se falam em conservadorismo nós queremos e utamos por coisas básicas: família. Não queremos idologia de gênero. quereoms os filhos crescendo à semelhança do pai e as filhas da mãe. No Brasil a propriedade privada se encontra ameaçada. Ela ao meu entender é um dos pilares da democracia. A vida desde a sua concepção sempre foi a nossa defesa, contra o aborto", disse Bolsonaro.

O ex-presidente alfinetou a primeira medida do novo governo Lula que no primeiro dia de mandato, revogou decretos sobre acesso a armas e munições do governo Bolsonaro, estabeleceu novas regras e criou um grupo de trabalho que vai propor a atualização do Estatuto do Desarmamento.

"No meu governo, liberei o máximo possível, nos limites da lei, a posse e o porte de armas de fogo. Em 4 anos diminuímos em 1/3 o número de mortes com armas de fogo no Brasil. A primeira medida desse novo velho governo foi revogar os meus decretos. Eu sempre disse no Brasil: povo armado, jamais será escravizado", sob aplaudos. "E país armado jamais será subjulgado", completou. 

O ex-presidente também defendeu a política de Donald Trump e disse que sempre teve um relacionamento "excepcional" com o ex-mandatário americano, que também participou do mesmo evento de Bolsonaro, em Washington. 

Mídias Sociais 

Bolsonaro defendeu a liberdade de expressão nas redes sociais, lembrou que sua campanha à presidência da República em 2018, foi toda pautada pelas redes."No total gastei menos de 1 milhao de dólares", disse.  Ressaltou ainda que economizou dinheiro na campanha e nos quatro anos de governo, com pronunciamentos e comunicações via rede social, e afirmou que vê com preocupação a manifestação de autoridades sugerindo a regulamentação das redes. 

"Nós assistimos, não só no Brasil, mas no mundo todo, a sanha para regulamentar as mídias sociais. Mais liberdade no meu entender é o controle para as mídiais sociais", disse Bolsonaro.

Nesta 6ª feira (3.mar) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defendeu a adoção de novos mecanismos de regulamentação das redes sociais. O ministro afirmou que as plataformas são utilizadas por populistas, sobretudo da extrema-direita, para fazer "lavagem cerebral".

Navios iranianos

"Se eu fosse presidente, não teríamos esse problema agora com os navios iranianos", disse Bolsonaro durante a sua manifestação no evento conservador. 

Nesta 6ª feira (3.mar) o governo brasileiro autorizou dois navios de guerra iranianos a atracarem no Rio de Janeiro até este sábado (4.mar). A decisão foi questionada pelos Estados Unidos e tratada como um erro pela diplomacia americana. A permissão concedida pela atual gestão Lula contrasta com o entendimento anterior em relação a embarcações de guerra inglesas.

No último dia 15 de fevereiro, a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, em conversa com jornalistas em Brasília destacou a soberania do Brasil, mas apontou que os navios iranianos "facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas". O Irã está sob sanções econômicas unilaterais dos EUA.

"Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU [Organização das Nações Unidas]. O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar", disse Bagley. 

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