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Ucrânia: um ano depois, EUA e OTAN saem fortalecidos

Visita de Biden a Kiev e votação na ONU pela retirada das tropas na Ucrânia são derrota para Moscou

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Washington DC - Alguns jornalistas pensavam na possibilidade, mas, certeza mesmo, só tinham os dois profissionais da imprensa que cobrem a Casa Branca e que viajaram a Kiev junto com a comitiva presidencial americana no último domingo, dia 19. O sigilo foi necessário para garantir a segurança. A agenda oficial informou até o último instante que o presidente americano marcaria o ano da invasão russa na Ucrânia da vizinha Polônia. Missão realizada com sucesso e a segunda-feira, 20, começou com a imagem que é o reflexo de uma derrota russa 365 dias depois. 

Nas ruas da capital ucraniana, Biden caminhou ao lado de Zelenskyy. Naquela mesma segunda-feira, por telefone, um oficial do governo americano que estava com o presidente Biden falou com jornalistas de Washington. Jake Sullivan lembrou que aquela era a primeira vez que um líder dos Estados Unidos visitava uma zona ativa de guerra onde a defesa local não era feita por militares americanos. Ele também informou que horas depois do avião presidencial decolar da capital americana, Moscou foi informada da visita para evitar uma situação de conflito. 

Zelenskyy descreveu a visita de Biden como oportuna e corajosa. Realmente foi. Horas depois, já na Polônia, Biden falou junto aos aliados da OTAN. A quilômetros dali, na capital russa, Vladimir Putin falou publicamente no dia seguinte. Chamou a invasão de um país vizinho e soberano de defesa territorial e ameaçou mais uma vez o mundo ao informar que a Rússia sairia do último acordo nuclear fechado com os Estados Unidos. 

No toma lá dá cá de discursos entre os dois presidentes que estampam as manchetes do mundo, Biden sai fortalecido um ano depois da decisão de Moscou de avançar sobre a fronteira do país vizinho. 

Diplomacia americana: qualquer solução para o fim da guerra deve passar pelo respeito à soberania da Ucrânia

Em entrevista ao SBT, o Porta-voz do Departamento de Estado americano Christopher Johnson afirmou que, para os Estados Unidos, é importante que qualquer solução para terminar com esta guerra seja uma que respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. "Além disso, esta resposta deve ser feita com a Ucrânia. Não podemos solucionar esta guerra sem a participação deles", disse o diplomata. 

A resposta veio após o questionamento se a sugestão feita pelo presidente Lula de formar um bloco de países neutros para negociar a paz entre Ucrânia e Rússia era viável. "O mais importante é respeitar os direitos de todos os países no mundo, respeitar os princípios da carta da ONU. Então entendemos quando outros países tomam outras posturas diplomáticas em relação a este conflito. O que vamos continuar chamando é para que todos respeitem estes princípios para chegar a esta solução, para que o povo ucraniano possa aproveitar da paz no futuro o mais rápido possível", disse o porta-voz americano. 

Christopher Johnson ainda destacou que Estados Unidos e Brasil trabalham conjuntamente em outros temas. "Na área de mudança climática, de insegurança alimentar que é parcialmente resultado do que estamos vendo na Ucrânia. O Brasil vai continuar sendo um grande aliado para os Estados Unidos e estamos felizes em contar com esta parceria", disse. 

Brasil na ONU vota pela retirada total das tropas russas do território ucraniano

Na quinta-feira, 23, a Assembleia Geral da ONU votou por aprovar a resolução que reafirma a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, solicitando a retirada total das tropas a mando de Moscou. O Brasil foi o único do BRICS a votar a favor do texto junto a outros 140 países. 

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