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Assassinatos de jornalistas aumentam 50% em 2022, aponta Unesco

América Latina e Caribe lideram ranking de óbitos; taxa de impunidade é de 86%

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Assassinatos envolveram represálias por reportar sobre o crime organizado, conflitos armados ou a ascensão do extremismo | Unsplash
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Um levantamento da Unesco apontou que, em 2022, 86 jornalistas e trabalhadores da imprensa foram assassinados em todo o mundo. Segundo a entidade, o número representa um aumento de 50% em relação ao ano anterior, marcando uma reversão significativa da tendência positiva observada em 2019 e 2020. 

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Embora todas as regiões tenham sido afetadas, a América Latina e o Caribe foram os mais mortais para os jornalistas em 2022, com 44 assassinatos. A Ásia e o Pacífico registraram 16 assassinatos, enquanto 11 foram mortos na Europa Oriental. Os países individuais mais mortais foram México (19 assassinatos), Ucrânia (10) e Haiti (9).

O aumento global foi impulsionado, sobretudo, por assassinatos em países não conflitantes. Esse número quase dobrou de 35 casos em 2021 para 61 em 2022, representando três quartos de todos os assassinatos no ano passado. Dos óbitos, cerca de metade aconteceu enquanto os profissionais estavam de folga.

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"Esses jornalistas foram mortos por uma variedade de razões, incluindo represálias por reportar sobre o crime organizado, conflitos armados ou a ascensão do extremismo e cobrir assuntos sensíveis, como corrupção, crimes ambientais, abuso de poder e protestos", apontou a Unesco, citando a taxa "chocantemente alta" de impunidade: 86%.

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