Novas regras da CVM para divulgação de relatórios ESG entram em vigor
Iniciativa ajuda a evitar o greenwahing, além de informar investidores sobre os negócios
Pablo Valler
O ano virou e entraram em vigor as novas normas para divulgação de informações sobre a atuação das empresas listadas na bolsa de valores do Brasil (B3). A partir de agora, os relatórios de 2022 devem respeitar alguns critérios a mais. O mais importante deles são os dados ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).
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Ou seja, os relatórios devem conter informações sobre o impacto nos três pilares da sustentabilidade. Além do desempenho, serão observados possíveis riscos e oportunidades. O objetivo é munir os investidores de dados. Assim, eles conseguem decidir melhor sobre onde aplicar.
Essa transparência também ajuda na prevenção contra o "greenwashing", definição para explicar aquelas empresas que buscam investimentos verdes a partir de dados falsos.
Desconfiança
Apesar da iniciativa, a confecção de relatórios que incluam informações sobre ESG não é obrigatório, mas a negligência pode gerar desconfianças nos investidores.Além disso, é bom iniciar a adaptação quanto antes, pois o chamado "pratique ou explique" costuma ser precursor de normas mais rígidas, explica Alessandro Marchesino, sócio da consultoria PwC Brasil.
"Não é exigência, mas traz conscientização e educação. Faz com que as companhias comecem a se posicionar, traz uma transparência maior, faz com que o mercado acompanhe os requisitos", analisa.
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