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Dilma chama condenação de Cristina Kirchner de "injusta" e "perseguição"

Ex-presidente brasileira prestou solidariedade à vice argentina, condenada a seis anos de prisão

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Dilma e Cristina Kirchner
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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) prestou solidariedade e disse ser "injusta" a sentença dada à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, condenada na 3ª feira (6.dez) a seis anos de prisão por corrupção.

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"A decisão da Justiça argentina contra Cristina Kirchner é uma auto confissão explícita de perseguição contra ela", afirmou Dilma, fazendo referência a uma entrevista da vice argentina ao jornal Folha de S. Paulo, em que cravou que seria condenada. "A sentença, em definitivo, é injusta e recai sobre Kirchner, que é uma das mais importantes líderes da América Latina. Sem dúvida, é uma exigência da extrema-direita, na Argentina, assim como a condenação do presidente Lula teve sentido similar no Brasil", acrescentou a petista.

Dilma ainda prestou "total solidariedade" à também ex-presidente argentina, "assim como a todos os líderes, militantes e ativistas progressistas perseguidos e condenados insjustamente, na história recente em nosso continente".

Kirchner foi acusada de liderar uma organização criminosa e por administração fraudulenta, sendo condenada apenas pela segunda acusação. O julgamento é considerado o maior contra a corrupção na história da Argentina, e o primeiro que julga um líder no poder. Ao todo, a Promotoria pedia 12 anos de prisão.

Segundo a denúncia do Ministério Público, em 2003, o então marido de Cristina, Néstor Kirchner, criou a própria empreiteira e colocou um amigo sem qualquer experiência como chefe. Lázaro Baez passou de caixa de banco a um dos maiores empresários argentinos em poucos meses. Na época, as licitações eram sempre ganhas por ele. Das obras analisadas, houve superfaturamento de até 102%.

Apesar de condenada, Cristina Kirchner não será presa, já que possui foro privilegiado. A sentença será apelada à segunda instância, e só será definitiva depois do veredito deste Supremo Tribunal, num processo que pode levar muitos anos. Como na Argentina não existe a lei de ficha limpa, ela ainda poderá ser candidata a cargos públicos.

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