Após tiroteio em Walmart, Biden renova pedido para controle de armas
Presidente norte-americano disse que pretende adotar novas restrições de compra até o fim do ano
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, renovou, na 5ª feira (24.nov), o pedido para controlar a venda e posse de armas de fogo. A declaração aconteceu um dia após o país registrar um novo tiroteio em massa, desta vez em uma loja do Walmart, no estado de Virgínia, que resultou na morte de sete pessoas.
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"Estou cansado desses tiroteios. Deveríamos ter leis de armas muito mais rigorosas. A ideia de que ainda permitimos que armas semiautomáticas sejam compradas é doentia. Não tem valor redentor social ou uma única justificativa solitária para isso, exceto os lucros para os fabricantes de armas", disse Biden.
O chefe de Estado afirmou ainda que tentará aprovar alguma forma de controle de armas antes da formação do novo Congresso, em janeiro. Isso porque, devido às eleições de meio de mandato, a Câmara contará com maioria republicana, o que pode enfraquecer os projetos de Biden. O Senado, no entanto, continua com domínio dos democratas.
Em junho, o presidente assinou a lei que restringe a compra de armas de fogo no país, limitando a aquisição do equipamento a maiores de 21 anos. Pelo texto, documentos como antecedentes criminais e histórico de violência doméstica também serão verificados.
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O tiroteio no Walmart aconteceu três dias após um homem abrir fogo em uma boate gay na cidade de Colorado Springs, deixando cinco mortos e 18 feridos. De acordo com o banco de dados da Associated Press, desde 2006, 523 tiroteios em massa foram registrados nos Estados Unidos, deixando mais de 2.7 mil mortos.