Número de mortos em protestos no Irã sobe para 83
O grupo Direitos Humanos no Irã acusa o governo de usar arma de fogo para dispersar manifestantes
Pelo menos 83 pessoas, incluindo algumas crianças, foram mortas nos protestos desencadeados no Irã após a morte de Mahsa Amini pela polícia da moralidade do país, de acordo com o grupo Direitos Humanos no Irã. Segundo a organização, as forças de segurança estão usando armas de fogo para dispersar os manifestantes.
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"Usar munição real em manifestantes é um crime internacional e a comunidade internacional tem o dever de prevenir e impedir esses crimes.", afirmou o direito da entidade, Mahmood Amiry-Moghaddam, em nota publicada na 5ªfeira (29.set).
Mahsa Amini foi presa em 14 de setembro pela polícia de moralidade do Teerã por não usar o véu islâmico de forma adequada. De acordo com depoimentos de testemunhas, a jovem, de 22 anos, foi espancado pelos policiais que a prenderam na van da polícia e depois na delegacia. Ela foi oficialmente declarada morta no Hospital Kasra em 16 de setembro.
O país vive uma onda de protestos desde então. Na tentativa de reprimir a dissidência, o governo já prendeu milhares de iranianos, ativistas civis e jornalistas durante os confrontos. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York, disse na 5ª que pelo menos 28 repórteres foram presos.
As autoridades iranianas restringiram severamente o acesso à internet e bloquearam o acesso ao Instagram e WhatsApp, aplicativos populares de mídia social que também são usados ??pelos manifestantes para organizar e compartilhar informações.
