Departamento de Justiça diz que Trump tentou obstruir investigações
Busca em Mar-a-Lago ocorreu após investigadores desconfiarem que ex-presidente mantinha documentos exigidos pelo governo
Um documento divulgado na noite de 4ªfeira (31.ago) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) indica que a operação conduzida pelo FBI em agosto na casa de Trump em Mar-a-Lago foi desencadeada por "múltiplas fontes de evidência" de que "os arquivos do governo provavelmente foram ocultados e removidos" da residência depois que o escritório intimou o republicano a devolvê-los em junho.
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Na época, investigadores receberam dos advogados de Trump 38 documentos confidenciais e foram proibidos de procurar por outros possíveis documentos do governo que estivessem na casa.
Na busca em agosto, os agentes do FBI encontraram documentos confidenciais não apenas no depósito, mas também no gabinete do ex-presidente, incluindo três documentos confidenciais em uma mesa de escritório, segundo o Departamento de Justiça. Em alguns casos, os agentes e advogados que conduziam a revisão dos documentos apreendidos precisaram de autorizações adicionais para ler o material devido ao seu conteúdo altamente confidencial.
"O FBI, em questão de horas, recuperou o dobro de documentos com marcas de classificação enquanto os advogados do ex-presidente e outros representantes tiveram semanas para realizar a 'busca diligente'", diz o texto assinado por Jay Bratt, chefe da seção de contra-inteligência do Departamento de Justiça. Ele afirma que o fato "põe em sério questionamento as representações feitas na certidão de 3 de junho e põe em dúvida a extensão da cooperação neste caso".
A desconfiança do DOJ de que poderia haver mais documentos em Mar-a-Lago levaram o órgão a solicitar ao FBI a operação de agosto.
* Com informações da Associated Press