Angola vai às urnas para eleger presidente em eleição mais disputada da história
Eleição é assistida por 2 mil observadores internacionais e seu resultado oficial deve demorar dias para ser revelado
Centenas de milhares de angolanos comparecem às urnas desde a manhã desta 4ªfeira (24.ago) na eleição mais disputada do país desde o acordo de paz, assinado em abril de 2002. O atual presidente João Lourenço busca um segundo mandato e manter o partido MPLA no poder, onde já está há 47 anos.
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Do outro lado, o partido, União para a Independência Total de Angola, UNITA, tenta eleger Adalberto Costa Junior.
Mercados e barracas de rua normalmente movimentados foram fechados para incentivar as pessoas a irem às urnas e o governo instou todos os empregadores a permitir que os trabalhadores tenham tempo para votar. Cerca de 14 milhões dos mais de 33 milhões de habitantes do país se registraram para votar. Na eleição anterior, em 2017, o comparecimento foi de 57% dos inscritos.
Nas mais de 26.400 assembleias de voto em todo o país e no estrangeiro, o partido no poder do país, o Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, tem 53 mil representantes para acompanhar a votação e a contagem. A UNITA não anunciou como irá monitorar os resultados, mas convocou os seus apoiadores a sentarem-se nas assembleias após a votação para observar a contagem e afixação das apurações.
O resultado oficial não é esperado por vários dias, já que as eleições recentes viram atrasos nos anúncios da Comissão Nacional Eleitoral, cujo diretor é visto como partidário do partido no poder.
A eleição é assistida por cerca de 2.000 observadores internacionais, incluindo da União Europeia, da União Africana, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
* Com informações da Associated Press