"Não é surpreendente", diz OMS sobre infecção de varíola dos macacos em cão
Caso foi relatado na França, 12 dias após os donos do animal apresentarem sintomas da doença
A líder técnica de resposta à varíola dos macacos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Rosamund Lewis, afirmou que a possível infecção de varíola dos macacos em um cachorro na França é uma informação nova, mas "não é surpreendente". Ela informou que o caso, relatado na revista científica The Lancet, é a primeira ocorrência de transmissão de humano para animal, o que está sendo estudado pelos pesquisadores.
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"Isso [transmissão de humano para animal] não foi relatado antes, e não foi relatado que cães foram infectados antes. Em vários níveis, esta é uma informação nova, mas não é uma informação surpreendente. É algo a que estamos atentos", disse Rosamund. Ela ressaltou que, até que novas descobertas sejam feitas, a recomendação é que os animais de estimação sejam isolados de pacientes infectados.
O caso envolvendo o cachorro ainda está em investigação por cientistas, isso porque, embora o animal tenha sido diagnosticado com varíola dos macacos, ainda não há confirmação sobre a transmissão humana. Segundo o relatório, o cão, da raça galgo italiano, tem 4 anos e apresentou lesões na pele e uma úlcera no ânus. As reações foram relatadas 12 dias após os donos apresentarem os primeiros sintomas da doença.
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"Até onde sabemos, a cinética do início dos sintomas em ambos os pacientes e, subsequentemente, em seu cão, sugere a transmissão do vírus da varíola dos macacos de humano para cão. Dadas as lesões de pele e mucosa do cão, bem como os resultados positivos de PCR do vírus da varíola dos macacos de swabs anais e orais, hipotetizamos uma doença canina real, não um simples transporte do vírus por contato próximo", diz o estudo.