Golfo do México: resíduos de petróleo continuam no mar após 10 anos
Plataforma Deepwater Horizon ficou em chamas por dois dias antes de afundar no oceano
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos, mostrou que pequenas quantidades de resíduos de petróleo permanecem no fundo do mar mesmo após 10 anos da explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México. Segundo os dados, divulgados nesta 3ª feira (9.ago), 800 mil aves já morreram devido à contaminação da água.
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Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de água da superfície e do fundo do mar e das linhas costeiras da Louisiana, monitorando a persistência de resíduos de petróleo e as transformações químicas que ocorreram nos componentes até 2020. Foi constatado que camadas de petróleo cobriram a vegetação costeira e algumas partículas ficaram escondidas no fundo do mar.
"Quanto melhor compreendermos os produtos químicos e as suas propriedades, melhor seremos capazes de mitigar derrames de petróleo e compreender e detectar danos ambientais", justificou o primeiro autor do estudo, Edward Overton. Segundo ele, os derrames de petróleo "liberam químicos muito rapidamente", com a maioria dos danos identificados a longo prazo.
O estudo também sugere que muitos dos impactos ambientais devido ao derramamento são causados pelos componentes do petróleo quimicamente alterados, que podem apresentar diferentes toxicidades e propriedades físicas, influenciando os efeitos da exposição da vida selvagem aos resíduos.
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A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. A infraestrutura ficou em chamas por dias após afundar no oceano, espalhando uma grande mancha de óleo pelo mar, que chegou até a costa da Louisiana e outros estados. O incidente resultou na morte de 22 trabalhadores, além de danos para o habitat de centenas de espécies de aves.