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Pressionado, Johnson deve renunciar à liderança do Partido Conservador

Governabilidade do primeiro-ministro britânico é questionada após escândalos políticos

Pressionado, Johnson deve renunciar à liderança do Partido Conservador
Boris Johnson ocupa o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido desde 2019 | Flickr
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deve renunciar à liderança do partido conservador nesta 5ª feira (7.jul). Pressionado após o escândalo do chamado "partygate", o premiê se viu em uma situação ainda mais complicada depois que admitiu ter errado ao contratar o parlamentar Chris Pincher, acusado de má conduta sexual.

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O cenário fez com que mais de 50 ministros e assessores renunciassem ao governo. Os que continuam ao lado de Johnson, no entanto, também defendem a renúncia do premiê. No fim da tarde de 4ª feira (6.jul), por exemplo, um grupo de colaboradores compareceu a Downing Street para pedir que ele aceitasse que, sem o apoio do partido, não há condições de permanecer no cargo.

Pelas redes sociais, o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, nomeado no início da semana, pediu a renúncia de Johnson. "Isso não é sustentável e só vai piorar, para você, para o Partido Conservador e o mais importante para todo o país. Sabe em seu coração o que é correto, saia agora", escreveu. 

Segundo as agências de notícias locais, o premiê deve fazer um pronunciamento ainda nesta manhã sobre a decisão. Caso renuncie, ele deve permanecer no cargo de primeiro-ministro até que o partido defina um novo líder, acordo que deve acontecer em conferência prevista para o início de outubro.

Crise no governo britânico

A crise envolvendo o nome de Boris Johnson começou em janeiro deste ano, quando jornais britânicos divulgaram a realização de festas e reuniões na sede do governo durante vários estágios do período de lockdown contra a pandemia de covid-19. No total, há a suspeita de que 12 festas tenham sido organizadas em Downing Street, burlando as restrições sanitárias.

Após o episódio, a polícia abriu uma investigação para apurar a participação do premiê nas atividades relatadas. Pouco tempo depois, ele precisou passar por uma votação no Parlamento para continuar no cargo, ganhando por 211 votos contra 148. Pesquisas locais, contudo, mostram que a maioria dos britânicos o considera como "mentiroso".

As renúncias no governo, por sua vez, aconteceram poucas horas após Johnson admitir que cometeu um "erro" por ter nomeado Chris Pincher como parlamentar. O homem renunciou ao cargo na semana passada e reconheceu ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.

+ "Putin estava errado e vai ter mais Otan à porta", diz Boris Johnson

O fato do premiê reconhecer ter "esquecido" as acusações contra o Pincher reforçaram a desconfiança dos políticos.

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