Em meio à protestos, Equador anuncia corte no preço dos combustíveis
Medida é a segunda já imposta para atender lista de exigências da população
Camila Stucaluc
Após duas semanas consecutivas de protestos, o governo do Equador anunciou a redução do preço dos combustíveis no país. A informação foi divulgada no domingo (26.jun), pelo presidente Guillermo Lasso, e busca atender a uma das principais demandas das manifestações contra a gestão nacional, lideradas por indígenas.
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"O preço da gasolina vai baixar dez centavos por galão [3,78 livros] e o preço do diesel também vai baixar dez centavos por galão", disse Lasso. Deste modo, o valor cobrado pela gasolina na bomba passará de US$ 2,55 para US$ 2,45 por galão e o diesel, de US$ 1,90 para US$ 1,80 por galão.
Essa é a segunda medida anunciada para conter os ânimos dos manifestantes. Na última semana, o governo atendeu a outros pontos da lista de exigências, como o perdão de dívidas de famílias camponesas e a redução das taxas de juros para empréstimos ainda em vigor. O aumento de US$ 50 para US$ 55 de auxílio para famílias vulneráveis também foi concedido.
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Confrontos entre manifestantes e forças de segurança já deixaram ao menos seis mortos, 400 feridos e mais de 100 detidos. As ações lideradas por indígenas são as maiores já registradas na história do Equador, que tem como palco principal a capital Quito. Entre as principais reivindicações estão a implementação de medidas contra a pobreza nos territórios agrícolas e a não proliferação de mineração na Amazônia.