Xangai, maior cidade da China, encerra lockdown após dois meses
Cidade estava sob rígidas regras na tentativa de se combater o avanço da covid-19
Anderson Scardoelli
Centro financeiro e maior cidade chinesa em população, com estimativa de 26 milhões de habitantes, Xangai retomou determinadas atividades nesta 4ª feira (1°.jun). Como estratégia de combate à disseminação do novo coronavírus, a região estava sob lockdown havia dois meses.
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Agência de notícias mantida pelo Partido Comunista Chinês, a Xinhua afirma que o fim do lockdown representa a retomada da produção econômica e retorno da "vida normal". Imagens divulgadas pelo órgão estatal mostram a livre circulação de carros, estabelecimentos comerciais abertos, visitantes em parques, um rapaz frequentando um restaurante e pessoas nas ruas. Todas elas, entretanto, aparecem com máscaras de proteção facial.
Fora isso, a Xinhua mostra que, apesar do fim do lockdown, os cuidados contra a covid-19 seguem ativos. A agência de notícias divulga que há postos de testagem espalhados por Xangai. Fotos revelam que a equipe responsável por fazer os testes tem o mínimo de contato com a população, permanecendo equipada e dentro de um tipo de contêiner.
Povo na rua e no trabalho
A nova determinação por parte das autoridades locais permite com que a população de Xangai volte ao trabalho presencial. Dessa forma, os serviços de transporte público foram retomados, incluindo o metrô. "É o momento que esperávamos há muito tempo", vibrou o governo da cidade chinesa em mensagem divulgada nas redes sociais, informa a agência AFP.
Lockdown impacta outros países
A China não foi o único país a sofrer na parte econômica devido ao lockdown imposto em Xangai. No Japão, por exemplo, a Toyota alegou falta de semicondutores, que vinham da cidade chinesa, para paralisar por dez dias a fabricação de carros em seu país de origem, conforme registrou o SBT News no último dia 24.
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