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China e 10 países do Pacífico não alcançam acordo de segurança

Pequim disputa com os Estados Unidos a influência na região

China e 10 países do Pacífico não alcançam acordo de segurança
Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi e primeiro-ministro de Fiji em coletiva de imprensa
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A China não conseguiu costurar o acordo de segurança que pretendia criar com 10 países insulares do Pacífico.As conversas entre o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e representantes dos 10 países, no entanto, resultaram em acordos bilaterais importantes para Pequim. 

Com o objetivo de aumentar a participação do país na segurança, economia e política do Pacífico Sul, o acordo foi tema de uma viagem do ministro das Relações Exteriores da China às nações. Em entrevista coletiva com Wang, o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, afirmou que colocou o consenso em primeiro lugar. 

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"Como sempre, colocamos o consenso em primeiro lugar entre nossos países em qualquer discussão sobre novos acordos regionais", disse Bainimarama. Ele e outros líderes da região foram alertados por David Panuelo, presidente dos Estados Federados da Micronésia, que o plano aumentaria desnecessariamente as tensões geopolíticas e ameaçaria a estabilidade regional. Panuelo também disse que não assinaria o acordo que "ameaça trazer uma nova era da Guerra Fria na melhor das hipóteses e uma Guerra Mundial na pior". 

Embora a China possa ter falhado em seus planos para um grande acordo multilateral, ela vem assinando acordos bilaterais menores com as nações do Pacífico todos os dias durante a viagem de Wang. Na 6ªfeira (27.mai), ele visitou Kiribati, onde está em jogo um importante pesqueiro do tamanho da Califórnia. O governo de Kiribati anunciou que 10 acordos que vão desde a cooperação em objetivos econômicos até a construção de uma ponte foram selados. 

Ao comentar as crescentes preocupações internacionais sobre as ambições militares e financeiras de Pequim na região, Wang aconselhou que as pessoas não fiquem "muito nervosas", e que a China há muito tempo defende outras nações em desenvolvimento, tanto no Pacífico quanto em todo o mundo, algo que começou a fazer na década de 1960, quando ajudou nações africanas a construir ferrovias.

A tentativa de costurar um acordo multilateral na região é visto como uma resposta de Pequim às alianças norte-americanas no Indo-Pacífico. O atual governo de Joe Biden ressuscitou o esquecido Diálogo de Segurança Quadrilateral, ou Quad, fórum formado por Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália em 2007, com objetivo de impulsionar a cooperação regional após o tsunami, de 2004, em Fukushima. Em 2021, o presidente norte-americano também assinou o acordo de segurança Aukus, com Reino Unido e Austrália, que tem como principal objetivo conter o avanço da China. 

Até 4 de julho, Wang Yi fará visitas oficiais a oito países: Ilhas Salomão, Kiribati, Samoa, Fiji, Tonga, Vanuatu, Papua Nova Guiné e Timor-Leste, e uma visita virtual ao Estados Federados da Micronésia a convite. Ele também realizará uma videoconferência com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores das Ilhas Cook e o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores de Niue, e sediará a segunda reunião de ministros das Relações Exteriores China-Países das Ilhas do Pacífico em Fiji.

* Com informações da Associated Press

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