Finlândia não aceitará bases militares ou armas nucleares da Otan
País enviou oficialmente o pedido de adesão à aliança em meio a ofensiva russa na Ucrânia
SBT News
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse, nesta 5ª feira (19.mai), que a candidatura à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não significa que o país esteja interessado em abrigar bases militares ou armamento nuclear. A adesão da nação à aliança, segundo ela, acontece para garantir a segurança do território finlandês.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"A decisão de nos candidatarmos à adesão à Otan é um ato de paz e não um ato de guerra. Devemos garantir que nunca haverá guerra em solo finlandês e sempre tentaremos resolver os problemas através da diplomacia", afirmou Marin ao jornal italiano Corriere della Sera. "Ninguém nos vai impor armas nucleares ou bases permanentes se não as quisermos", completou.
Após semanas de especulações, a Finlândia entregou oficialmente o pedido de adesão à Otan, rompendo a neutralidade histórica do país no âmbito militar. A decisão acontece devido à invasão russa na Ucrânia, que representou uma ameaça ao território finlandes, uma vez que o país partilha 1.300 quilômetros de fronteira com Moscou.
A integração das nações, no entanto, vai contra a vontade do governo da Turquia, que afirmou que irá vetar a entrada do país na aliança caso as exigências feitas não sejam atendidas. No início da semana, os líderes pediram que a Finlândia suspenda o apoio a grupos terroristas presentes no território, bem como as proibições de algumas vendas de armas para a Turquia.
+ EUA anunciam US$ 215 milhões em assistência alimentar para Ucrânia
Questionada sobre o assunto, Marin ressaltou que espera que tudo se resolva por meio da diplomacia e do diálogo. "Nesta fase é importante nos mantermos calmos, conversarmos com a Turquia e com outros Estados-membros, respondermos às perguntas que possam existir e corrigirmos quaisquer mal-entendidos", declarou.