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ONU: Além de sequestrar gases de efeito estufa, oceanos geram renda

Nova conferência da Organização das Nações Unidas vai debater o oceano como ativo econômico. Mas, desenvolvimento precisa de investimentos e preservação

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Pescadores retiram peixes do mar
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A economia dos oceanos, ou economia azul, vem sendo debatida como uma das soluções contra a crise da mudança climática. O tema está chamando tanta atenção de pesquisadores científicos e líderes mundiais que será tema de um dos grandes eventos das Nações Unidas, a Conferência dos Oceanos, que será realizada em Lisboa, Portugal. no dia 27 de junho. A meta é promover a conservação e uso sustentável dos mares e recursos marinhos

Subsistência
 
Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, a conselheira do secretário-geral para a África, Cristina Duarte, disse que há condições de atingir o grande potencial dos oceanos, importantes para a subsistência de mais de 3 bilhões de pessoas.

"Se não preservamos, este nunca será um ativo do ponto de vista econÔmico. Para falar em economia azul, permita-me dizer, temos que preservar o azul. O que não está a acontecer".

De acordo com a ONU, o oceano transporta 80% do comércio global. Os benefícios de um uso sustentável podem beneficiar especialmente os países em desenvolvimento.

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Plásticos 

A também subsecretária-geral declara que a poluição plástica ilustra como os países devem se empenhar de maneira mais forte.

"Eu vou dar um exemplo com os sacos de plástico. Bangladesh foi o primeiro país no mundo que baniu, em 2002. Há 20 anos. Hoje, tão somente 50% dos países no mundo baniram os sacos de plástico. Destes, só oito mais ou menos é que baniram de forma radical. Os outros baniram de forma intermédia, ou seja, nós não estamos a fazer o suficiente para preservar o azul para podermos construir uma economia azul".

Peixes

O enfraquecimento das economias está ligado a degradação dos oceanos. Um exemplo são os cerca de 34% de espécies de peixes explorados em níveis biologicamente insustentáveis.

A expectativa da ONU é que a economia dos oceanos cresça o dobro até 2030, se houver maiores investimentos em setores como a produção de algas marinhas para alimentos, cosméticos e biocombustíveis. Estas medidas podem beneficiar vários países insulares e costeiros.

Entre 2013 e 2018, apenas 1,6% do total da Assistência Oficial ao Desenvolvimento foi direcionado para a economia oceânica. 

Dos US$ 2,9 bilhões atribuídos ao setor por ano, apenas US$ 1,5 bilhão foram investidos para concretizar práticas sustentáveis.

- Editado com informações da ONU

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